Notícias | 12 de dezembro de 2005 | Fonte: Isto é Dinheiro

Planos sob medida

Qual o, seu perfil de investidor? Você faz o tipo agressivo, que tolera bem o sobe-e-desce da Bolsa em troca da chance de aumentar os lucros? Ou segue a linha conservadora, prefere passar longe dos riscos de perder o patrimônio? Seja qual for a sua resposta, saiba que atualmente o mercado de previdência

privada oferece produtos feitos sob medida para os mais diversos tipos de clientes. Tanto na versão PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) quanto na VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), a carteira dos fundos de aposentadoria permite diversas com-binações entre a renda fixa e variável, sendo que o limite máximo destinado ao mercado acionário é de 49%. E mais: para aqueles conservadores acima da média, há ainda a opção de escolher um produto com uma rentabilidade prefixa-da e garantida. Você escolhe.

Na Mapfre Seguros. por exemplo, há uma opção de plano tradicional, com 100% em renda fixa; um produto moderado, que destina 20% para as ações. e um multimercado, que pode aplicar até 49% em ações. Na hora da escolha, no entanto, não basta considerar apenas o seu perfil de risco, como é feito usualmente nos fundos de investi-mentos convencionais. “0 tempo da aplicação também deve ser levado em conta”, ensina Bento Zanzini, vice-presidente da unidade de Vida e Previdência da Mapfre. Os fundos com maior percentual em ações são recomendados para os investidores mais jovens. Ou seja, para aqueles que, em caso de perdas, terão tempo para recuperar o patrimônio antes da chegada da aposentadoria. O prazo mínimo ideal é de 10 anos. Vale ressaltar também que, em algumas seguradoras, os produtos compostos por ações podem sair mais caro, devido à cobrança da taxa extra de performance, que varia de 1% a 4%. Todas as modalidades de aplicações de aposentado-ria cobram um percentual pela administração do produto.

Já para aqueles que planejam pendurar as chuteiras no curto prazo, os analistas recomendam os fundos com maior participação em renda fixa. “A poupança para a aposentadoria deve ser a aplicação mais protegida da carteira. Não há tempo para arriscar”, diz Zanzini. Nessa categoria, a maioria dos fundos é formada por papéis dos títulos da dívida pública. Em geral, eles funcionam como os populares fundos da categoria DI. Entre as recentes novidades, a Caixa Econômica Federal (CEF) lançou uma linha de planos inteligentes, que inclui apólices de seguros de vida nos contra-tos dos fundos de previdência. “Como são aplicações para quem está preocupado com o futuro, é viável incluir também uma renda para a família”, diz Juvêncio Braga, diretor de previdência da CEF. Parte das aplicações mensais é destinada ao seguro, que também pode ser utilizado em caso de invalidez.

Se o investidor deseja ainda mais segurança para garantir o seu padrão de vida no futuro, pode contar com os planos de renda garantida. Depois de desaparecer do merca-do em 1998, eles voltaram na ver-são Plano com Remuneração Garantida e Performance (PRGP). 0 Bradesco foi o primeiro a lançar o produto, que assegura uma rentabilidade de 4% ao ano mais a variação do Indice Geral de Preços (IGP). Saiba, porém, que essa segurança extra tem um preço. Atual-mente, os ganhos da categoria de renda garantida são inferiores aos pagos pelos fundos que acompanham as oscilações do mercado. O lucro do plano de renda fixa tradicional, em média, é quatro vezes superior à combinação de 4% mais IGP ao ano, oferecida na renda garantida.

Se mesmo com tantas opções, você ainda não sabe qual o produto foi feito para você, não se preocupe. A legislação prevê a troca de categoria do fundo e até de seguradora durante o período de acumulação da poupança, sem encargos tributários. Afinal, a previdência privada é uma aplicação de longo prazo e, sendo assim, há sempre grandes chances de mudanças dos projetos pessoais. A sugestão dos consultores é que os jovens iniciem as aplicações para completar a aposentadoria com apostas na renda variável e, nos últimos anos antes de sair do mercado de trabalho, transfiram os recursos para a tradicional aplicação em títulos públicos.

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