Notícias | 14 de dezembro de 2005 | Fonte: Jornal do Commercio

Planos deixam de enviar informações à ANS

Operadoras de Saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou ontem relatório mostrando que a maioria dos planos de saúde do País não encaminhou todas as informações obrigatórias ou enviou dados inconsistentes para elaboração de uma política de melhoria de atendimento estruturada pela ANS. As operadoras que cumpriram as exigências de enviar as informações à ANS e que oferecem atendimento médico-hospitalar obtiveram nota 6 dos beneficiários.

Quanto ao atendimento odontológico, as operadoras que prestam esse serviço obtiveram nota bem mais alta, 9. De um total de 1.986 operadores existentes, 1.002 delas estão na lista das que não repassaram os dados necessários e 848 cumpriram as exigências de enviar as informações à ANS. As outras 136 não entraram na pesquisa da ANS, porque serão avaliadas em outra etapa. Esse é um levantamento que está sendo feito pela agência com objetivo de buscar a melhoraria dos serviços prestados pelo setor.

No País, são 41 milhões de usuários de planos de saúde, dos quais 27,6 milhões são atendidos pelas 848 operadoras que responderam aos questionários feitos pela ANS. Entre as perguntas encaminhadas aos planos, estão os pedidos de informações sobre os números de partos normais e cesarianas realizadas pelas operadoras e o número de crianças nascidas vivas.

O diretor de gestão da ANS, Gilson Caleman, disse que a agência quer fazer a radiografia do atendimento das operadoras para cobrar delas melhoria no atendimento. Segundo ele, a agência quer saber, por exemplo, detalhes do atendimento à mulher no que diz respeito aos partos e à saúde das crianças nascidas.

“Precisamos melhorar o atendimento e adequá-los aos padrões. Nós sabemos, por exemplo, que o número de cesarianas é altíssimo. Dos partos feitos pela operadoras, 80% a 85% são cesarianas. Isso não pode ser aceito porque se formos travar alguma discussão científica não haveria nenhuma justificativa para um índice tão alto”, declarou Caleman. Para conseguir obter das 1.002 operadoras que não deram as informações exigidas, a ANS deverá cumprir uma nova etapa para que as respostas sejam fornecidas pelas empresas.

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