Notícias | 13 de abril de 2004 | Fonte: O Globo

Planos de saúde em expansão

Mesmo com as mensalidades altas, os registros das operadoras de planos de saúde mostram aumento de três milhões no número de usuários entre 2002 e 2003.

O presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, no entanto, contesta os resultados da pesquisa e afirma que o setor tem apresentado queda no número de usuários. Segundo Almeida, o aumento observado nos números da ANS mostra apenas a atualização de dados de operadoras.

– Nossos dados não combinam com os números da pesquisa. Em 1988, o número de usuários de planos de saúde no Brasil era de 40 milhões e vem caindo desde então – disse Almeida, sem, no entanto, apresentar números para o setor.

Já a ANS admite que algumas operadoras podem ainda estar atualizando os dados sobre seus beneficiários, mas discorda da avaliação da Abramge. Segundo o presidente da ANS, Fausto Santos, o mercado de planos de saúde não teve queda nos últimos anos.

O presidente da agência destaca que, com base nos dados fornecidos pelas próprias operadoras, observa-se no mercado aumento do número de planos coletivos no país, que têm custo menor para os usuários. Em 2001, o Brasil tinha 66,3% de planos coletivos e 33,7% de planos individuais. Já em 2003 esses dados passaram para 71,3% de planos coletivos e 28,7% de planos individuais.

Além de entregar os dados do setor à ANS, as operadoras se preparam agora para apresentar as propostas que serão enviadas aos usuários sugerindo a migração de contratos antigos – anteriores à legislação de 98 – para contratos novos. As propostas de migração foram a forma que o governo encontrou de estimular os consumidores com contratos de planos de saúde antigos, que têm uma cobertura mais restrita, a atualizarem os documentos.

No entanto, como a mudança também significa aumento das mensalidades, a ANS determinou que as operadoras apresentassem a seus clientes programas de migração coletiva para que o impacto dos aumentos seja menor.

Antes de enviar as propostas aos clientes, as empresas precisam mostrá-las à ANS para que o governo verifique se não há abusos de preços. O prazo vai até maio. Os programas de incentivo à adaptação de contratos devem abranger 22,3 milhões de consumidores de planos de saúde que têm contratos antigos, 8,2 milhões de planos individuais e familiares e 14,1 milhões de coletivos.

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