Notícias | 26 de outubro de 2003 | Fonte: Seguros em Dia

Pior que a concorrência é o medo de crescer

O comércio eletrônico tem logrado surpreendente crescimento nos últimos anos. Em 2002, o capital movimentado pelo comércio eletrônico foi 129% maior ao do ano anterior e o número de consumidores aumentou em 69%. Acompanhando esse crescimento do e-commerce, várias corretoras começam a se interessar pela comercialização de produtos eletrônicos como forma de conquistar novos clientes, manter e fidelizar os antigos e se beneficiarem desse novo canal de vendas: a Internet. Atualmente, já existem 45 sites de seguradoras e mais de 1800 de corretores indexados no Quem é Quem em serviços on-line do Seguros.com.br.
Com a expansão da Internet e o crescimento do e-commerce em diversos ramos, os cidadãos estão se adaptando e, mais, tornando-se dependentes do uso dessa mídia. Na era da internet, o consumidor quer agilidade. O governo, percebendo essa facilidade e essa agilidade que a Internet proporciona, também investiu maciçamente serviços on-line. As iniciativas de governo eletrônico estão, em sua maioria, ligadas a cobrança de impostos: imposto de renda, IPVA, IPTU, emissão de segunda via de carnês. Os bancos também estão inseridos na Internet, a expansão do internet banking e sua necessidade já é visível.
O governo eletrônico, a expansão da Internet, o internet banking, o crescimento do e-commerce e muitas outras iniciativas on-line estão formando um consumidor ávido por agilidade. Nesse consumidor, que paga impostos, tem conta corrente em banco e compra pela internet, está o foco do comércio eletrônico de seguros. O perfil desse usuário de Internet corresponde ao perfil do consumidor de programas de bem estar social: seguros de vida e previdência privada.
Essas pessoas, muito em breve, buscarão, ainda mais intensamente, essa mesma agilidade na contratação de seguros e exigirão, de seus corretores, serviços on-line de qualidade, compatíveis com suas necessidades de praticidade. Nessa disputa, vencem os corretores de seguros que tiverem a melhor estratégia de geração de tráfego, distribuição, dominarem as técnicas do e-commerce e souberem buscar as melhores parcerias para impulsioná-las.
Na era da Internet o maior desafio dos corretores é dispor de um atendimento on-line amplo e ágil. O e-commerce gera um consumo muito superior aos limites geográficos da corretora. Usando a Internet, uma corretora pode se relacionar e gerar negócios com pessoas de quaisquer outros lugares. O potencial da Internet é ilimitado. Para aproveitar esse potencial, a corretora deve ter uma estratégia de vendas de abrangência nacional que, no entanto, não lhe demande o mesmo investimento de uma filial para vendas off-line. Essa desafio tem assustado os corretores bem sucedidos em suas estratégias de Internet. Nos contatos que mantenho diariamente com corretores de todos os cantos do país, tenho escutado estarrecido que o sucesso da suas estratégias de geração de tráfego e negócios na Internet, antes de gerar resultados e ser motivo de orgulho profissional, provoca-lhes medo.
Manuel Matos é consultor de e-commerce em seguros, diretor do SINFOR – Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal, membro da Comissão de Normas e Procedimentos da SUSEP e Coordenador do Comitê de Seguros da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

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