Notícias | 29 de abril de 2004 | Fonte: Valor Econômico

Pesquisa traça perfil de renda e atualização do corretor

Acaba de sair do forno uma nova pesquisa sobre corretores de seguros, patrocinada pela Fundação Escola Nacional de Seguros (Funenseg) e pela Federação Nacional dos Corretores (Fenacor). O objetivo do trabalho foi “avaliar o perfil do corretor de seguro, previdência privada e capitalização nos seus aspectos econômicos”, de acordo com um resumo do trabalho divulgado por seus autores, o economista Claudio Contador, Secretário Executivo da Funenseg, e o engenheiro Gustavo Azevedo, consultor de Ensino e Pesquisa da entidade.

Um questionário com 26 perguntas foi colocado nos sites da Fenacor e da Funenseg, no dia 19 de dezembro de 2003, para que fosse acessível a todos os corretores ativos e registrados na Fenacor – e, claro, conectados à rede mundial.

Prestes a inaugurar a Universidade do Seguro (veja coluna Investimento & Seguro, edição de 15/04/2004, página C3), a Funenseg investigou basicamente o nível de escolaridade dos corretores, seu tempo de dedicação à atividade, o grau de utilização de informática e recursos de tecnologia da informação. E, por fim, a relação de tudo isso com a renda e o sucesso destes profissionais.

A análise estatística das respostas foi elaborada a partir de uma amostra de 803 respondentes, pouco menos de 2% do universo de corretores ativos, que é de aproximadamente 40 mil profissionais. Da amostra de 803, 70 questionários foram perdidos devido a “erros de preenchimento ou a ausência de informação”, deixando a amostra final com 733 a 781 questionários, dependendo da pergunta.

A primeira conclusão da pesquisa é o alto grau de dedicação integral à atividade de corretagem, o que, segundo Azevedo, é uma boa notícia: 73,1% dos entrevistados afirmaram que dedicam 100% de seu tempo ao mercado. Outro dado animador é que a maioria (ou 52,61% dos entrevistados) tinha nível superior de escolaridade e um terço deles tinha nível médio. Apenas 11% tinham pós-graduação.

Para ser corretor, o candidato tem que se formar pela Funenseg, que exige nível médio. Nem sempre foi assim, diz Gustavo Azevedo. “Há cerca de cinco anos, a Funenseg exigia apenas o nível primário”. Houve uma melhora, diz o consultor da Funenseg, mas ainda há muito espaço para elevação do nível educacional dos corretores.

O domínio dos recursos tecnológicos – em geral associado ao grau de escolaridade – é o ponto comum entre os entrevistados que declararam renda acima de R$ 3 mil. No quesito atualização tecnológica, o questionário pediu respostas apenas “sim” ou “não” às questões: “Uso de informática?” e “Acesso à internet?”.

O uso de informática foi declarado por um número um pouco maior do que o acesso à internet (768 contra 723 respondentes).

A pesquisa mostrou que 98,8% dos corretores que pertencem à classe de renda entre R$ 3 mil e R$ 5 mil estão informatizados. Entre os respondentes que declararam se situar na faixa de renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, a totalidade utiliza a informática como instrumento de trabalho. No cruzamento de dados que demonstraram a relação entre o uso apenas da internet e a renda, houve uma concentração de 95,3% a 98,6% dos pesquisados nas classes de renda mais elevadas (acima de R$ 3 mil).

Dos poucos que responderam não ter acesso nem à informática nem à internet, a maioria se situava nas duas faixas de renda mais baixas – até R$ 1 mil e entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.

Gustavo Azevedo conclui que “quanto maior a dedicação e a informatização, melhor o desempenho financeiro”. Mas para isso, lembra, quanto mais elevado o grau de instrução, maior será a taxa de sucesso já que o mundo da tecnologia apresenta novidades e evolução todos os dias. O recado do consultor para os corretores é: “estudem e dediquem-se. É a única saída para melhorar de vida”.

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