Notícias | 3 de setembro de 2020 | Fonte: CQCS

Perspectivas são excelentes para corretores que investem na carreira

As perspectivas para os corretores de seguros no pós-pandemia são excelentes, desde que invistam, desde já e o quanto antes, na capacitação, na diversificação e nas ferramentas digitais. A avaliação, em tom consensual, foi feita pelos presidentes da Fenacor, Armando Vergilio; do Sincor-SP, Alexandre Camillo; e do Ibracor, Joaquim Mendanha, além do fundador do CQCS, Gustavo Doria Filho, ao participarem, nesta quarta-feira (02 de setembro), do painel que abordou o tema “A nova realidade do mercado de seguros na visão dos corretores de seguros”, no segundo dia do CCS-RJ Connection 2020, evento virtual organizado pelo Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro (CCS-RJ) e pela Educa Seguros.

Segundo Armando Vergilio, o corretor está sabendo “fazer a diferença” e mostrar o seu valor e importância estratégica ao longo da pandemia. Para tanto, rapidamente se adaptou ao home office e se digitalizou para poder prestar amplo e eficaz atendimento aos clientes, agregando, dessa forma, muito valor para a imagem do mercado de seguros. “A Fenacor e os Sincors também resolveram estabelecer nova política de atuação e representação em função de tudo isso. Antes, o foco era exclusivamente direcionado para ações essencialmente institucionais e na defesa dos interesses econômicos da categoria, como ocorreu no Supersimples. Isso, claro, vai continuar. Mas, vamos também transformar nossas entidades em provedoras de soluções para os problemas dos corretores”, assegurou o presidente da Fenacor.

Ele acrescentou que essa nova política de atuação visa a melhorar o ambiente de competividade do corretor, para que possa diversificar e ampliar sua atuação e diversificar seus negócios. “Por isso, instituímos a Central de Gestão de Serviços e de Produtos – CGS – para desenvolver produtos e serviços customizados e personalizados para o corretor, observando sua real necessidade e a solução que precisa. A intenção é tentar fazer com que o corretor possa executar sua função com muito mais otimização. Até porque tem nas suas mãos um grande ativo, que pode ser melhor explorado. A sua carteira de cliente é um big data que vale muito e pode ser ampliada, desde que seja bem tratada”, observou Vergilio.

Além disso, ele anunciou que a federação e os sindicatos irão realizar, a partir do dia 15 de setembro, o “Conexão Futuro Seguro”, ciclo de eventos que, entre outros objetivos, visa a permitir a atualização profissional, prover informação e conhecimento e melhorar a contextualização do corretor dentro da nova ordem que se estabelece.

Outras novidades reveladas por Vergilio foram o lançamento, em breve, do curso de agente autônomo de investimento, desenvolvido em parceria com a ENS, e uma ferramenta que permitirá ao corretor cumprir adequadamente a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). “Os associados do Sincor não terão qualquer custo nenhum para participardaquele curso. E a ferramenta será também uma solução bastante viável”, acentuou.

Já Alexandre Camillo acentuou que o Sincor-SP, antes mesmo da pandemia, já incentivava o corretor a ter um novo posicionamento, atuando como um verdadeiro empreendedor, sendo pessoa física ou jurídica. Além disso, o sindicato também vem investindo forte na tecnologia. “O papel das entidades é conduzir os seus representados por caminhos menos tortuosos, que os permitam enfrentar os desafios”, salientou.

Segundo ele, ao empunhar a “bandeira do empreendedorismo”, o Sincor-SP incentivou o corretor a ampliar o leque de oportunidades e buscar a pluralidade de produtos à disposição dos clientes. “A pandemia deixou claro o quanto nossa atividade é uma dádiva, uma honra, uma benção, um privilégio. O quanto é satisfatório ser corretor”, destacou.

Nesse contexto, Camillo acrescentou que o sindicato transformou áreas em unidades de negócios, com focos no ensino e treinamento, na certificação, na mediação. Foi criado ainda o “Sincor Digital”, com lançamento de uma plataforma digital para o corretor ter acesso facilitado. Além disso, as 30 diretorias regionais foram transformadas em diretorias online, com praticamente todas as reuniões sendo realizadas por meio remoto. “O Sincor-SP já estava na vanguarda e dando exemplo de inovação e superação ao corretor, que nunca precisou tanto de suas entidades quanto agora. Mas, ele precisa estar junto de suas entidades porque os desafios irão se acentuar e precisamos de capacitação e qualificação. Há um slogan que eu adoro: os Sincors de todo o Brasil são o seguro do corretor de seguros”, concluiu.

Por sua vez, Joaquim Mendanha lembrou que o corretor sempre “foi testado” para comprovar sua importância. “Tentaram minimizar o corretor, mas tivemos vitórias importantes, como na inserção no Simples, após três vetos presidenciais. Ouvi muitos assegurando que a categoria não seria inserida,. Mas, fomos inseridos em melhor condição que outras categorias mais organizadas, como os advogados”, disse o presidente do Ibracor.

Ele citou ainda o processo de tramitação da MP 905/19, que exigiu a união dos corretores do Brasil inteiro para vencer a pressão do Governo para extinguir a profissão. “Alcançamos a vitória depois de batalha difícil. Saímos dessa batalha mais fortalecidos. O corretor atingiu maturidade profissional e sabe exatamente o que deve fazer”, comentou Mendanha.

Ainda assim, ele alertou que a categoria tem “um caminho enorme para seguir”, o que traz muita responsabilidade. Para tanto, alertou, será preciso trabalhar com novas tecnologias, novos formatos de relacionamento com seguradoras e segurados, novas exigências deste novo cenário. 

Contudo, o presidente do Ibracor enfatizou que é preciso estar atento. “O corretor tem que ser tecnológico, mas não pode ser virtual, pois precisa estar presente e fazer a diferença como sempre fez”, aconselhou.

Por fim, Joaquim Mendanha disse que, enquanto o corretor tiver o consumidor ao seu lado, sempre terá espaço par enfrentar outros canais. No entanto, esse respaldo pode acabar se o profissional não buscar a qualificação constante, a diversidade de oferta de produtos ou seguros e cuidar de sua estrutura de boas práticas. “Não há mais espaço para amadores. O corretor não perder o fundamento do seu trabalho, que é o apoio dos clientes”, advertiu.

Gustavo Doria também conclamou a categoria a ter uma mudança da mentalidade. “Tem que mudar, fazer a coisa simples para ter resultado diferente. O corretor deve aproveitar o bonde da história e ser multiproduto, atuando até como um agente de consultoria financeira. Caso contrário, os agentes de consultoria financeira é que passarão a ser grandes vendedores de seguros de vida. A XP já vai vender seguros de vida e pode até vender, no futuro, os seguros de automóvel. O corretor tem a oportunidade de ampliar o valor agregado, mas a água está escorrendo pelos dedos”, asseverou o fundador do CQCS.

Doria enalteceu ainda o papel exercido pelas entidades de classe e sugeriu que os corretores valorizam mais o associativismo.

Segundo ele, é preciso mudar a cultura de reclamar, sem participar do cotidiano, seja de uma entidade, clube ou condomínio. “Vi de perto a luta dos líderes da categoria em conquistas importantes como a inserção no Simples, na tramitação da MP 905 e na luta contra o mercado marginal. Se o corretor não se associar, vamos ficar fracos. Juntos somos mais fortes”, afirmou.

O painel teve como mediador o presidente do CCS-RJ, Fabio Izoton, que divulgou o convênio assinado pelo clube com a Fenacor para assegurar aos seus associados o acesso aos serviços e produtos oferecidos pela federação.

Confira o evento: https://www.youtube.com/watch?v=lhseBno0Ly0

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Um comentário

  1. 5 de setembro de 2020 às 12:50

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