Notícias | 9 de setembro de 2020 | Fonte: CQCS Innovation

Parada brasileira do ITC world tour: Corretor deve ficar atento aos legados da pandemia

A pandemia do coronavírus está deixando alguns legados importantes para o mercado de seguros. Os corretores, por exemplo, eventualmente precisarão buscar parcerias para se tornarem mais eficientes, diversificar seus negócios e até mesmo concentrar sua atuação em um número menor de seguradoras. A projeção foi feita, durante a parada brasileira do ITC World Tour, organizada pelo CQCS Innovation Latam e Insurech Brasil, realizada nesta terça-feira (08 de setembro), que foi assistida por mais de mil pessoas e que contou com palestras dos CEOs das seguradoras HDI, Murilo Riedel; e Icatu, Luciano Snel; e o diretor Geral da Bradesco Auto/RE, Ney Ferraz Dias. O mediador foi o CEO da Minuto Seguros, Marcelo Blay.

 

Para Ney Dias, a queda de juros coloca pressão no resultado operacional. Mas, para melhorar esse resultado em um cenário limitado pelo momento delicado da economia, só há uma alternativa: trabalhar melhor e ganhar eficiência, sempre trazendo melhoria na experiência do cliente. “Não vale o ganho de eficiência sem isso, o que abre oportunidade para relação mais forte com corretores”, afirmou o diretor Geral da Bradesco Auto/RE.

 

Segundo ele, essa parceria será importante para identificar formas mais eficientes de atendimento aos clientes, através de abordagem que considere o perfil de cada segurado. “Nesse cenário, os corretores, para ganhar eficiência, vão ter que eleger algumas seguradoras para trabalharem mais próximos”, acrescentou.

 

Dias frisou ainda que outro legado da pandemia foi obrigar as seguradoras a adotar práticas que imaginava fazer, mas que ainda estava em análise, como o trabalho e o atendimento remoto. “Ficou mais fácil tomar decisão. Não havia alternativa. Disponibilizamos a vistoria feita pelo próprio segurado. Era algo que a gente pensava em fazer, mas estava em plano piloto. Então, talvez o maior legado foi mesmo acelerar tendências”, observou.

 

Já Murilo Riedel disse que, com a pandemia, o risco se materializou para todo mundo e as pessoas começaram a se preparar para outros contextos, o que se reflete na atuação do mercado de seguros. Nesse contexto, ele projetou um cenário em que atividades terceirizadas podem ser reinternalizadas pelas seguradoras. “O mercado caminhou forte na terceirização, mas agora trará de volta algumas dessas atividades. É um movimento que vai se acentuar nos próximos meses e anos”, comentou.

 

Na visão dele, a pandemia trouxe ainda a necessidade de diversificação, mas de forma diferente, dentro de um ecossistema de oportunidades, em que os parceiros se auto ajudam. Ele acentuou que essa premissa vale também para os corretores, a quem aconselhou a se “movimentarem em busca de parcerias e da construção de novos ecossistemas”. Para o executivo da HDI, do ponto de vista econômico, não será mais possível para o corretor “ficar sozinho”, pois tal alternativa se tornou “cara e improdutiva”. 

 

Em resposta a uma pergunta, Riedel afirmou ainda que os seguros intermitentes apresentam “zero dificuldade tecnológica” e são muito mais simples. Contudo, alertou que o produto é caro e, portanto, não chega a ser vantajoso para consumidor, a não ser para aqueles que usam o carro muito pouco.

 

Por sua vez, Luciano Snel disse que um dos maiores legados da pandemia é ter deixado as pessoas mais conscientes do risco, da necessidade de cuidar da família e preservar a qualidade de vida. Essa sensação de vulnerabilidade foi ainda corroborada pelos problemas na economia, que afetaram empresas, empregos e renda, trazendo mais insegurança em relação ao futuro.

 

Esse contexto pode favorecer a “democratização” de produtos como o seguro de vida, que ainda é visto como algo caro pelas pessoas. “No Brasil as pessoas têm percepção que seguro de vida custa três vezes mais do que custa de fato. Isso precisa ser desmistificado. Precisamos mostrar que seguro de vida traz previsibilidade financeira e a blindagem necessária, oferecendo opções para todos os perfis e bolsos”, salientou.

 

O CEO da Icatu Seguros revelou que a companhia está fazendo forte investimento em tecnologia e inovação, inclusive em portais para que os parceiros se pluguem e vejam como cada um pode atuar. Sobre a parceria com a HDI, ele disse que a intenção foi juntar o que cada empresa “tem de melhor”.

 

O mediador do evento foi Marcelo Blay, único brasileiro que participou da primeira edição do Insuretech Connect, nos EUA. De acordo com o CEO da Minuto Seguros, esse evento confirma a inserção do Brasil no cenário global. “Ficamos adormecidos durante muito tempo. Mas, as corretoras digitais chegaram aqui e já há mais de uma centena de insurtechs, com foco grande em inovação. A desconfiança inicial passou e essas empresas são vistas como aliadas das seguradoras, que podem agregar muito valor para o mercado”, asseverou.

 

EVENTO. 

 

Organizado pelo CQCS em parceria com o Insurtech Brasil e fruto da parceria entre Digital Insurance Agenda (DIA) e o Insuretech Connect – maior evento de inovação em seguros do mundo – o encontro teve como tema central “Quais os legados da Pandemia para o futuro do mercado de Seguros no Brasil?”.

Após o debate, houve uma competição entre insurtechs da qual participaram cinco startups brasileiras: Segfy; Komus; Fitinsur; Me Sinto Seguro e O2OBOTS. A startup vencedora, foi a SegFy, empresa que oferece automação e inteligência para conectar corretores de seguro, seguradoras e segurados. O fundador do Insurtech Brasil, José Prado, foi o responsável por essa etapa.

A  SegFy irá competir no ITC Global com insurtechs de todo mundo, o evento acontecerá entre os dias 21 e 23 de setembro. Serão mais de 100 horas de conteúdo e cerca de 200 palestrantes internacionais.

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