Notícias | 22 de julho de 2020 | Fonte: CQCS

Omint alerta como as empresas podem cuidar da segurança dos funcionários contra o coronavírus

Muitas empresas estão preparando a retomada do trabalho presencial. Mesmo quem não parou a produção, está revendo protocolos como testar os colaboradores. O diretor médico técnico da Omint, Marcos Loreto, alerta que existe o teste certo para ser feito no momento certo.

Segundo ele, cada um desses testes tem uma indicação precisa a ser feita em pessoas sintomáticos ou que tiveram contato com casos confirmados ou suspeitos de Covid-19 nos últimos 14 dias.

O médico explica que a partir do 4º dia após o surgimento de sintomas como febre, dor de cabeça, no corpo e garganta, o RT-PCR (teste molecular) tem maior positividade. “Ele é o mais indicado para se fazer neste período de aparição dos sintomas, pois é quando existe uma maior chance do material genético do vírus estar presente nas secreções da oro e nasofaringe”, explica.

Ele esclarece que a melhora dos sintomas, ou em pessoas assintomáticas, esse exame já perde a eficiência. “O RT-PCR é o exame que faz a coleta de secreções da nasofaringe e orofaringe através de um cotonete, técnica conhecida como SWAB”, diz.

A partir do 7º dia de sintomas, o teste mais indicado passa a ser o sorológico, que detecta a presença dos anticorpos IgA e IgM no sangue, que representam a fase aguda da resposta imunológica. “Eles marcam o início da reação do corpo à infecção e costumam permanecer aumentados por cerca de 5 a 7 dias. Já a partir do 15º dia, o exame sorológico que identifica a presença do anticorpo IgG no sangue é o mais indicado, pois demonstra se o indivíduo teve contato com o vírus e desenvolveu anticorpos de memória e, portanto, adquiriu imunidade contra o novo coronavírus”, explica.

Por isso, o médico diz que nesse momento em que as empresas começam a preparar a volta dos colaboradores aos escritórios, o mais aconselhável seria investir recursos em estruturar as medidas de mitigação do que testar em massa os colaboradores assintomáticos, principalmente se estiveram em distanciamento social.

Loreto diz desde que haja respeito às normas das autoridades sanitárias locais, cada empresa pode criar seu protocolo de prevenção que incluam ações de higienização que devem ser feitas antes da entrada do escritório e do início das atividades, distribuição de máscaras, aumento na disponibilidade de álcool gel em lugares estratégicos (catraca, entrada, refeitório, banheiros dos andares e salas da equipe administrativa), limpeza e a reposição dos insumos de higiene nos lavatórios, a redução de aglomerações durante os turnos de refeições dos colaboradores, entre outras atividades.

“Uma medida mais estratégica é o indivíduo medir a temperatura antes de sair de casa, com um termômetro clínico digital, apropriado para uso doméstico”, diz o médico. Essa medida ajuda a estimular o autocuidado e, assim que o colaborador notar qualquer alteração em seu quadro clínico, como febre, dor de cabeça, dor no corpo e dor de garganta, ele deve buscar orientação médica.

“A Omint disponibiliza uma plataforma de orientação por videoconferência aos seus clientes, o Dr. Omint Digital, que dispõe de médicos de sua rede credenciada para orientarem os indivíduos a adotarem a conduta mais apropriada perante os sintomas descritos e a avaliação do quadro geral”, acrescenta.

Ele lembra ainda que a Omint dá cobertura tanto aos exames RT-PCR quanto aos sorológicos em amostra de sangue.

“Para isso, é obrigatória a apresentação do pedido médico. Recomendamos sempre a leitura dos exames por um médico, pois só o profissional de saúde definirá melhor a conduta de acordo com o momento da testagem e dos sintomas apresentados”, detalha.

Ele ressalta ainda que os testes devem ser realizados sob indicação médica e, também, é o médico que deve fazer a interpretação dos exames. “Os testes devem ser feitos caso o colaborador apresente sintomas e/ou tenha tido contato com caso suspeito ou confirmado de Covid-19 nos últimos 14 dias”.

Loreto explica que o comportamento da Covid-19 no corpo humano levanta inúmeras dúvidas, mas não existe a teoria do “passaporte da imunidade”, pois a imunidade possui uma duração incerta. “Por isso, recomenda-se que as empresas acompanhem e façam um questionário para uma triagem de casos suspeitos para encaminhamento médico e retorno ao isolamento”, diz.

O especialista lembra que os pacientes contaminados carregam o vírus durante 14 dias. “Passado esse período, com o paciente assintomático há mais de 72 horas, ele já pode retomar as atividades presenciais, pois não estará mais transmitindo”, afirma.

Ele ressalta que é importante que as medidas de distanciamento social e higiene pessoal se mantenham, pois não se sabe ainda se esta imunidade adquirida ao vírus é longa.

“Por isso, reforço a importância de se fazer a testagem correta no momento correto, porque cada um desses testes tem uma indicação precisa. Apenas o profissional de saúde saberá interpretar os resultados em congruência com os sinais apresentados, sintomas e exposições que a pessoa testada teve no passado”, ressalta.

Ele reforça que as medidas de higiene são fundamentais nesse momento. Loreto destaca, por exemplo, organizações em que os colaboradores estejam em baias e haja turnos de trabalho. Nesse cenário, ele diz ser fundamental manter a limpeza frequente do espaço entre um turno e outro.

“A desinfecção com álcool 70% com maior frequência nos locais e superfícies de trabalho, como mesas, aparelhos telefônicos, teclados, mouses, controles remotos, maçanetas, interruptores, torneiras e afins. O ideal é que cada pessoa possua o seu teclado individual, mouse e principalmente o seu aparelho de telefone, ou pelo menos seu headset individual’, ressalta.

Ele lembra ainda que o funcionário deve utilizar mais de uma máscara se for trabalhar por 8 horas no dia, por exemplo. “A máscara começa a perder a sua eficácia e a capacidade de proteção contra as partículas do vírus após três a quatro horas de uso, porque começa a umedecer, e a umidade diminui a eficiência da máscara no bloqueio de gotículas”.

No caso de empresas em que o mobiliário seja formado por baias é preciso que elas estejam separadas por pelo menos 2 metros, para mitigar o risco de transmissão. “É preciso haver, pelo menos uma divisória física de acrílico ou plástico de separação entre as pessoas, caso não haja possibilidade de distanciamento de 2 metros”, alerta.

Ele acrescenta ainda que o fato de ter um time organizado em turnos definidos também facilita na identificação e no acompanhamento de quem estava presente naquele dia. “Se alguém testar positivo a empresa já saberá quem deverá ficar em monitoramento para eventualmente entrar em isolamento, por exemplo”, explica.

Outro item que requer atenção é o uso do banheiro que, muitas vezes, são compartilhados. Loreto alerta que a limpeza do local também deve ser redobrada para evitar o contágio pela doença já que, mesmo sem conclusão, há alguns estudos que mostram que, após dar descarga, as fezes ou partículas de urina no vaso sanitário são agitadas pelo fluxo da água, podendo sair em forma de aerossol e serem liberadas no ar do banheiro caso a tampa do vaso sanitário não esteja fechada.

“O que sabemos até agora é que a transmissão acontece principalmente quando alguém que usou o vaso sanitário tossiu e espirrou, porque várias gotículas invisíveis, que podem conter o vírus, ficam em suspensão no ar. Normalmente, os banheiros públicos têm pouca ventilação e isso pode provocar acúmulo de vírus no ar, facilitando a transmissão”, ressalta.

O doutor lembra que o risco de ser contaminado pelo novo coronavírus pode estar em pias e maçanetas sujas, partículas no ar e pessoas dividindo um mesmo espaço pequeno e fechado. “Por isso, recomendamos manter o distanciamento de 2 metros se o ambiente tiver pias muito próxima, e manter o uso da máscara”.

Ele diz que para o banheiro compartilhado, o ideal é que a empresa mantenha pias intercaladas funcionando, desde que esteja garantido o distanciamento de 2 metros entre uma pia e outra. “Também é importante manter a higiene frequente desses espaços. Se as medidas de mitigação forem adotadas corretamente e obedecidas por todos, o risco será menor e o ambiente mais seguro”, conclui.

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