Notícias | 22 de setembro de 2003 | Fonte: Conjuntura Econômica

O seguro do seguro

A novela da privatização do IRB-Brasil Re e da abertura do mercado de resseguros vem se arrastando há muito tempo, desde que uma emenda constitucional, em 1996, extinguiu da Carta Magna a expressão “órgão oficial ressegurador”.
A partir dali, as negociações foram evoluindo, até que o IRB-Brasil Re entrou no Programa Nacional de Desestatização e começaram os cancelamentos de leilões para venda da empresa.
De acordo com executivos do setor de resseguros, o IRB-Brasil Re mantém sua mão forte, mas vem contribuindo para o desenvolvimento do relacionamento direto.
Afinal, as resseguradoras internacionais oxigenavam o mercado, trazendo experiências novas, capazes de aprimorar a maneira como os negócios são realizados pelas seguradoras nacionais.
O IRB-Brasil Re franqueia, admite e permite este relacionamento, pois gera um resultado comum, bastante atraente para as partes interessadas.
Vale lembrar, que nesses casos, cabe ao IRB-Brasil Re um trabalho de revisão, já que é responsável por parte do risco e do valor em prêmio. No ano passado, o IRB-Brasil Re conseguiu obter um lucro líquido de R$ 336,77 milhões, o que significou um aumento de 97,6% em relação ao ano de 2001.
A receita de prêmios emitidos foi de R$ 2,45 bilhões, com aumento de 46,5% em relação ao ano anterior. Esse substancial crescimento pode ser creditado à receita de carteiras que se desenvolveram neste período, como Garantia e contratos de Responsabilidade Civil. O que não vai acontecer, nós já sabemos.
Quebra de monopólio não deve acontecer de forma alguma, pois foi barrada pelo PT, hoje no poder.
O que se comenta no mercado é que deve haver uma abertura para a atuação de resseguradoras estrangeiras no Brasil, mas ainda com uma reserva de mercado para o ressegurador oficial.
Dizem os especialistas, esta reserva é necessária para que o IRB-Brasil Re não fique apenas com os riscos ruins, não aceitos por outras companhias.

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