Notícias | 13 de janeiro de 2021 | Fonte: CQCS

O mundo corporativo deve investir em diversidade, destaca executiva da Prudential

As mulheres são o foco do CQCS Mulher, programa do canal do CQCS no Youtube que busca exaltar o papel do feminino no mercado de seguros. Na primeira edição de 2021 aconteceu nesta última terça-feira, 12, e a convidada foi Thereza Moreno, vice-presidente financeira da Prudential Brasil. Ana Paula Almeida Santos, do Idis, conduziu o programa e disse que Thereza é um exemplo é um espelho para os jovens que começam a carreira.

A executiva da Prudential destacou a importância do programa. “É importante falarmos umas das outras”. Ela contou que é formada em Ciências Atuariais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e compartilhou que tinha o sonho de estudar na universidade federal e, ciências atuariais, foi a sua segunda opção no vestibular. “Fui feliz na minha segunda opção, abracei a escolha e acabei gostando”, disse.

Ela contou que teve muitos mentores durante a carreira. “Esse é um passo importante: investir no conhecimento, mas também cuidar do círculo de pessoas que podem atuar como mentor”. Thereza destacou que teve chefes que se tornaram amigos e parceiros que ajudaram – e continuam ajudando – no desenvolvimento da carreira. “São pessoas que contribuem na nossa carreira. Algumas tenho contato até hoje. Incentivo os jovens a buscarem mentores com os quais se identificam. É uma troca muito importante”, ressaltou.

Thereza, que também atuou como professora de inglês, diz que chegou a fazer estágio na Susep. “Atuei no departamento de análise de produtos novos e foi uma aula ao vivo de como precificar e fazer reservas. Foi um estágio muito enriquecedor”, recordou.

Depois de atuar dez anos na consultoria, ela decidiu que queria atuar em uma seguradora. “Aceitei uma proposta para ir para a Prudential e estou lá há 19 anos. Minha carreira evoluiu lá e pude trabalhar em diversos setores da companhia”, relatou. Para ela, ter diversos desafios na companhia foi um estimulante para permanecer por tanto tempo.

A executiva considera que o grande desafio da carreira foi o de querer ir além da parte técnica e equilibrar vida pessoal e profissional. Ela conta que sempre teve respaldo da família e isso foi fundamental. “Voltei a estudar e isso ajudou para galgar outras áreas e tomou meu tempo e o desafio era encontrar esse equilíbrio de mãe, executiva, mulher e isso foi o desafio. O segredo foi o autoconhecimento, saber o que é valoroso e ir atrás daquilo que traz inspiração.”

Sobre diversidade, Thereza enfatizou que é uma bandeira importante porque a desigualdade traz violência, prejuízo para corporação e para a sociedade. “Não temos todos os grupos bem representados e isso traz desafios”, pontuou.

Ela lembrou que no mercado de seguros são poucas as mulheres que ocupam cargos de destaque, “mulheres negras, menos ainda e temos que fazer a diversidade acontecer, não ter representatividade é ruim”.

A executiva acredita que o mundo corporativo tem papel importante e vai fazer isso por ética, porque vai ser bom para todos e é necessário. “O jeito de liderar da mulher tem seu valor”.

Diferentes formas de liderar e trabalhar é a chave para o sucesso. Enfrentei preconceitos e tentei levar para minha vida o lado positivo. Diferentes formas de trabalhar e liderar são a chave para ter um resultado de sucesso. A busca pelo conhecimento é uma das minhas armas”, disse.

Ela ressaltou que o mundo corporativo deve investir em diversidade e não apenas em treinamento ou debate. “São ações importantes, mas também é preciso ter ações afirmativas como no processo seletivo, estamos colocando barreiras que impedem uma camada da população de concorrer? Licença paternidade/licença maternidade. Mundo corporativo mais proporcional com oportunidade para todos. Que não demore 150 anos para conseguirmos a equidade de gênero”.

Sem esquecer tudo o que foi feito. As mulheres que lutaram pelo voto, pelo direito de trabalhar fora”, destacou.

Ana lembrou que graças à atuação de feministas é que a geração atual conquistou o direito ao trabalho, remuneração e voto. “A mulher não tinha garantido esse tipo de acesso que são questões de inclusão”, ressaltou.

Thereza contou também o que a Prudential tem feito nesse terreno. ”Fizemos um grupo de diversidade e começamos a discutir o assunto internamente com palestras, treinamento e tentamos, aos poucos, introduzir os pilares da diversidade no debate. Fizemos levantamento de quantos negros estão na empresa, temos muito a avançar, aumentamos a licença paternidade e essas pequenas atitudes são importantes para criar um ambiente igualitário. No aspecto racial temos nossos objetivos de ter balanceamento para abrir espaço para todos, sem barreira”, revelou.

E como mensagem aos jovens, Thereza disse: “Não permitam que ninguém diga que você não pode, invistam em conhecimento e autoconhecimento. Sigam seus sonhos. O trabalho é importante, mas fazer ao que você gosta, vai ajudar você a ser próspero para você, para sua rua, para o seu bairro e para o seu país”, finalizou.

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