Notícias | 13 de novembro de 2019 | Fonte: CQCS

O mercado e a gestão de risco são discutidos durante seminário da ABGR

Encerrando o primeiro dia de palestras no XIII Seminário internacional da ABGR, Edson Franco, CEO da Zurich, participou do painel “Mercado brasileiro e gestão de riscos”. Segundo Franco, o cenário global de taxas de juros negativas e perdas com catástrofes eleva taxas mundiais do custo de seguro, mas chega com menor força no Brasil. “É uma tendência global que se observa e afeta o Brasil e a América Latina em grupos diferentes de produtos”, destacou.

Franco afirmou que agora o Brasil começa a viver taxas de juros mais baixas e isso vai gerar uma pressão por melhores resultados técnicos das seguradoras.

Ariel Couto, CEO da MDS Brasil salientou que na carteira de property, o risco mediano não sofreu endurecimento de comissões.

Já Marcelo Homburguer, CEO da AON Brasil, os últimos anos foi o período mais longo em que as taxas caíram. “É difícil prever se essa será uma tendência e por quanto tempo. Os capitais vão buscando retorno. Com essa queda na taxa de juros que está tão baixo, a tendência é que outros capitais podem migrar”, afirmou.

Homburguer também disse que novos produtos que já são ofertados no Brasil para grandes riscos, incluindo seguro para propriedade intelectual entre outros.

Renato Rodrigues, CEO da AXA XL, disse que os clientes têm se beneficiado das quedas de taxas bem significativas. “Os resultados como indústria para que se perpetue é que precisamos estar capitalizados. A disciplina de subscrição e elevação de taxa é necessária”, afirmou.

Edson Franco ressaltou ainda que a precificação deve ser feita por portfólio. “Não vivemos em uma bolha. Uma apólice não vive uma bolha em função da carteira. Quanto melhor a qualidade da gestão do risco, do processo de subscrição mais preciso será a precificação”, ressaltou.

Ao responder se a concentração vai permitir que o cliente tenha maior suporte para melhorar o suporte de riscos, o CEO da MDS disse que é preciso separar distribuição de seguros e resseguros. “Em clientes corporativos não são tão pulverizados quando olhamos para seguradoras, isso contribui com a diminuição da oferta e passamos a depender mais do resseguro.  As principais seguradoras que atuam no segmento corporativo, a maioria é multinacional”, disse.

Já Edson Franco afirmou que intuitivamente  é possível ver o efeito da concentração de seguradoras estrangeiras: as domésticas saíram dos grandes riscos. “No seguro de grandes riscos, o mercado brasileiro é imaturo e está em formação”, destacou.

Marcelo Homburguer, da Aon, ressaltou que o Brasil melhorou muito nos últimos anos. “O mercado evoluiu com muita maturidade, conseguiu estabelecer equilíbrio e consegue oferecer condições competitivas trabalhando com resseguro que é uma forma de pulverizar os riscos de forma saudável”, pontuou.

O CEO da AXA XL afirmou que o mercado de seguros precisa estar atento a mudança que a sociedade está vivendo. “Outra coisa que chama atenção e o risco reputacional. Acho que  ainda estamos engatinhando nesse sentido. Temos que estar atentos a riscos climáticos, legalização da maconha e com o ambiente regulatório que temos vai ser mais fácil”, finalizou.

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