Notícias | 3 de agosto de 2018 | Fonte: Revista Cobertura

O corretor deve ter medo das insurtechs?

Durante o CQCS Insurtech & Inovação realizado na tarde da última quarta-feira (01.08), um dos temas abordados foi como os corretores devem lidar com as mudanças trazidas pela inovação tecnológica. O assunto foi discutido por Amílcar Vianna, fundador da Prudente Corretagem de Seguros; Alexandre Camillo, presidente licenciado do Sincor-SP; e Carlos Valle, presidente do Sincor-PE; no painel “O que os Corretores esperam das Insurtechs”.

Em todos os ramos da economia, a adoção de novas tecnologias sempre gera, por um lado, muita expectativa e otimismo e, por outro, também provoca receio de que as inovações possam impactar negativamente o mercado de trabalho.

Para Vianna, é necessário entender como as tecnologias irão mudar o mercado de seguros. Em sua apresentação, ele pontuou desafios, como melhorar a experiência do usuário, reduzir a burocracia, facilitar a contratação e garantir a confiança na hora da indenização do segurado.

Outro desafio importante apontado pelo fundador da Prudente Corretagem é o de conquistar mercados que ainda não foram explorados. “O mercado de seguro ainda é muito concentrado, e a internet, democrática como é, permite atingir mais pessoas”, apontou Vianna. Para ele, “talvez a internet faça com que nós deixemos de ser a ‘indústria das letras miúdas’”, o que facilitaria a vida do consumidor e melhoraria a relação do corretor com seus clientes.

Carlos Valle, que também é fundador da Valle Corretora, acredita que é necessário “evoluir conservando nossos princípios”. Para ele, o mercado de seguros é complexo e o papel do corretor é fundamental para orientar o consumidor. “Se as seguradoras dão cursos para que os corretores consigam aprender todos os seus produtos, imagine o cliente entender tudo isso”.

Para Valle, “temos de usar a tecnologia como um elemento de mudança”, afirmando, também, que o corretor ainda é o responsável por dar uma maior garantia e segurança para o cliente. “Espero que a gente possa evoluir e estarmos sempre presentes com a nossa vocação, que é a de proteger as pessoas”, conclui.

O último convidado do painel foi Alexandre Camillo, presidente licenciado do Sincor-SP, que mostrou uma visão otimista a respeito das inovações tecnológicas no ramo dos seguros. “Ao longo do tempo, os corretores têm mostrado total aderência aos avanços tecnológicos”, afirmou.

“As corretoras comprovaram, ao longo do tempo, que são a forma correta de se adquirir um seguro”, afirmou Alexandre, que também apontou que o mercado de seguros é privilegiado, já que conseguiu ter crescimento de 9% no ano passado, mesmo em um cenário de crise. “Em um Brasil que vai de mal a pior, qual setor está conseguindo produzir um crescimento desses?” “O grande desafio não são as ameaças propriamente ditas, mas como nós nos comportamos diante delas”, finalizou Camillo.

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