Notícias | 5 de janeiro de 2006 | Fonte: DCI

Nova regulamentação deve impulsionar capitalização

A segmentação dos títulos de capitalização pode representar uma nova fase neste mercado. Esta regulamentação deve sair no início de 2006, e na opinião da presidente da Comissão de Capitalização da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e Capitalização (Fenaseg), Rita Batista, vai facilitar o relacionamento entre clientes e empresas vendedoras do produto. `O processo se tornará mais transparente para todos`.

Os títulos de capitalização serão divididos em quatro tipos: os clássicos, os populares, as compras programadas e os títulos empresariais. Os clássicos são aqueles encontrados nos bancos, e têm como objetivo principal o acúmulo de capital pelo cliente. `Há também o sorteio de prêmios, mas esta não é finalidade primeira, já que 100% do capital pago é devolvido ao cliente corrigido`, explica Batista. O sorteio é o principal atrativo em outro tipo de título, chamado de popular. `O principal exemplo é a TeleSena, que pertence ao Grupo Sílvio Santos.

O cliente só recebe 50% do que investiu. É quase uma loteria`. Existe também a compra programada, em que o cliente paga um certo valor durante um prazo para que, ao final deste tempo, tenha recursos suficientes para comprar um determinado produto. `Neste caso também há sorteios, mas o valor do prêmio é necessariamente equivalente ao do bem vinculado ao título`.

O quarto tipo é o empresarial. `Este é mais um atrativo para que uma empresa consiga vender a outra um terceiro produto. Por exemplo, um empresário contrata um seguro de vida para seus funcionários, e a seguradora compra um título de capitalização por um custo muito baixo, e o resgate do título e de um eventual prêmio é feito pela empresa cliente`, diz Batista.

E um novo tipo de título de capitalização está surgindo no mercado. Um cliente que quiser fazer um cartão de crédito, por exemplo, e não puder comprovar renda ou tiver restrições cadastrais , pode comprar um título para garantir a operadora em caso de inadimplência.

`Este é um segmento que ainda não foi criado formalmente. Por enquanto, ele entra na categoria dos títulos de capitalização clássicos, já que o cliente resgata 100% do que pagou corrigido ao final do plano`, explica Rita. `Mas este é sem duvida um mercado em potencial, e uma categoria própria deve ser criada para este tipo de título em um futuro próximo`.

Já a Sul América oferece uma garantia para os proprietários que querem alugar seus imóveis. É feito um título no valor de três meses de aluguel, resgatado pelo proprietário em caso de inadimplência.

Com a segmentação, ficará mais fácil para o cliente entender o produto, e a qualidade da venda pelas empresas também deve melhorar, na opinião da presidente da comissão de capitalização da Fenaseg. `Na verdade, as empresas de capitalização já vêm fazendo um esforço para que as informações em relação ao produto cheguem mais claras para os clientes. Temos feito treinamentos para atingir este objetivo`. As empresas podem ser multadas pela Superintendência Nacional de Seguros Privados (Susep) se o cliente for mal informado.

Para o próximo ano, Rita Batista espera que as reservas ultrapassem a marca de R$ 11,5 bilhões. `Além das vendas novas, em que também esperamos crescer no próximo ano, nós estamos conseguindo segurar os clientes que já possuímos, o índice de resgate dos títulos vem caindo`. Ela espera que as vendas de novos títulos tenham um crescimento entre 6% e 8% durante o ano de 2006. Para que esta expectativa se confirme, os vendedores têm que conhecer bem o produto. `Eles devem ter em mente que a capitalização é um produto único, não há nada parecido no mercado`, diz Batista.

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