Por Camila Alcova
Os modelos de distribuição de seguros de saúde e vida e sua evolução foram tema de uma palestra do InsureTech Connect 2019, que aconteceu entre os dias 24 e 25 de setembro, em Las Vegas, com profissionais do mercado segurador de diversos países.
Alguns fatores de alerta para os mercados de saúde e vida são as plataformas utilizadas, o nível de proteção oferecida atualmente e a necessidade de um centro de informações e ajuda aos clientes.
É preciso analisar também o nível dos intermediários dos seguros e como os sistemas existentes podem trabalhar em prol dos consumidores e lidar com eles de uma maneira diferente. Outra prática, já recorrente no mercado internacional, é a atuação com vendas cruzadas.
A palestra contou com a divulgação de uma plataforma que atinge perfis de consumidores que não têm facilidade para contratar seguros, como autônomos, por exemplo, o que mostra que as necessidades de seguros estão além do que o mercado oferece, por isso é importante um portfólio maior para análise das necessidades de perfis como esses.
Além da diversidade de produtos, é preciso que processos como ativação de sinistros, por exemplo, sejam fáceis e práticos.
A tecnologia via celular, por exemplo, deve mudar cada vez mais a maneira como os profissionais desses ramos trabalham. Para a análise de informações, é cada vez mais importante ter atenção aos tipos de dados que serão coletados dos clientes e, a partir disso, oferecer produtos mais alinhados ao que eles precisam e esperam.
Nesse sentido, informações sobre projetos de vida do consumidor (como planos de se casar e adotar hábitos saudáveis) são bons aliados para essa subscrição.
Canais de aquisição
Para atrair novos clientes, é preciso compreender que quando um consumidor está procurando um seguro existe também um grupo de pessoas acima de 60 anos, o que reforça a necessidade de soluções distintas para cada tipo de cliente. O trabalho de atuários, aliás, é importante para esse processo.
Compreender os canais de aquisição também envolve analisar que algumas pessoas procuram somente pelo seguro saúde, excluindo o de vida, o que difere a maneira de prospecção desses clientes. As insurtechs já trabalham com produtos específicos para esse tipo de distribuição.
Outros desafios apresentados durante a palestra foram a coleta de dados dos consumidores e como manter os clientes nas carteiras, a conscientização da população, que está envelhecendo, e o cross-selling com esse público.
Apesar do auxílio da tecnologia, que deve se intensificar nos próximos anos, com a utilização de soluções como blockchain, os especialistas acreditam que o trabalho do corretor sempre será necessário para a busca do desenho ideal desses tipos de seguros.