Notícias | 31 de outubro de 2018 | Fonte: Bianca Rocha

A missão nobre (e humana) dos corretores

Como jornalista, entendo perfeitamente o impacto da tecnologia no mercado de trabalho. Das máquinas de escrever aos computadores e à internet, a revolução digital reinventou o modo de produzir notícia, trouxe novos concorrentes (ou aliados?), como blogueiros, rede sociais, sites independentes etc., eliminou vagas nas empresas de comunicação. Os desafios não foram poucos, mas a profissão resistiu. Segue em frente. Em tempos de fake news, tornou-se ainda mais necessária.

Mas não é sobre jornalismo que pretendo falar. A introdução desse artigo só se faz necessária para dizer que as profissões menos ameaçadas diante do avanço tecnológico justamente são aquelas em que a habilidade humana é (e sempre será) imprescindível. Os corretores de seguros estão incluídos nesse grupo. Se alguém previu lá atrás que a profissão de corretor iria ser engolida pelas novas tecnologias, errou feio. Se hoje ainda existe essa desconfiança, a razão pela qual não se precisa temer é simples: máquinas não são capazes de substituir emoções humanas, por mais desenvolvidas e inteligentes que sejam.

Seguros protegem o que os consumidores têm de mais valioso – levar essa proteção para os lares e empresas brasileiras é uma missão nobre, criativa, sensível, ou seja, humana. Corretores não são meros vendedores de seguros. Além do produto, o profissional é responsável por oferecer diretrizes para a vida da pessoa, compartilhar experiências, ajudar a educar financeiramente e a garantir o cumprimento dos direitos dos clientes, tornar simples e acessível o que parece complexo à primeira vista. As funções consultivas sempre estiveram atreladas à carreira do corretor, mas com a chegada da tecnologia, tornaram-se o principal diferencial dessa profissão.

Não faltam levantamentos que confirmam a importância do corretor para o setor de seguros e sociedade. Segundo o estudo “A Intermediação do Seguro no Brasil e os novos canais de venda”, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES), em plena revolução digital, o profissional continua exercendo mais influência na decisão de compra do que aplicativos e sites de cotação de seguros. Por mais que a internet seja hoje a principal porta de entrada do consumidor para cotação e comparação de preços das apólices, o cliente prefere não fechar negócio de seguro por meio digital. Ou seja, é um erro dizer que a inovação tecnológica é inimiga do corretor. Pelo contrário, é uma grande aliada.

O consumidor hoje tende a trocar de marcas, de empresas, mas não de corretor de seguros, cuja relação ainda é de fidelidade e de longevidade. Mas isso também não é regra absoluta. O ponto-chave para se alcançar esse patamar tem nome e sobrenome: atualização constante. Na era digital, em que as informações são abundantes, um novo tipo de consumidor surgiu, mais empoderado e dono de si. Ser assertivo no atendimento às suas demandas requer acima de tudo qualificação.

Numa analogia à teoria da seleção natural de Charles Darwin, na qual quem sobrevive é o mais forte e rápido, no setor de seguros, é quem se adapta melhor às novas tecnologias e se qualifica. Nesse contexto, é bom ficar atento: o corretor não é responsável pelas transformações tecnológicas que acontecem, mas é responsável pela forma como vai reagir às mudanças.

A qualificação é a porta de entrada dos corretores de seguros para um mundo de possibilidades profissionais. Estudar, se atualizar e lapidar competências em diferentes áreas (gestão, vendas, empresarial etc.) é o caminho para o profissional que deseja ser multifacetado e atender de maneira mais eficiente às necessidades dos segurados. Corretores capacitados e atualizados têm mais chances de desempenhar com maestria a função que lhe cabe: ser agente do bem estar social.

O mercado oferece muitas oportunidades de qualificação. Os cursos da Escola Nacional de Seguros (ENS), única instituição no Brasil autorizada a ministrar aulas para formação de corretores de seguros, é um bom exemplo. Os corretores já pararam para pensar sobre o luxo de poder contar com uma escola especializada e direcionada para a sua área de atuação? Eu diria que poucas profissões no país dispõem de algo assim.

Além do curso de formação de corretores, a ENS disponibiliza mestrado, MBA, workshops, cursos de extensão, graduação, pós-graduação em diversos segmentos de seguros. Há opções presenciais e a distância. É da ENS, por exemplo, o primeiro MBA em EaD do mercado de seguros brasileiro. Como disse, é um luxo – e uma baita oportunidade para alçar novos voos na carreira.

Sebrae, ESPM e Fundação Getulio Vargas também oferecem conteúdos valiosos aos corretores de seguros. Pelo site dessas instituições, há opções on-line de cursos gratuitos de gestão, técnicas de vendas, administração estratégica, liderança, entre outros. Um prato cheio para corretoras que querem engajar e capacitar suas equipes.

Por fim, fazer parte de um setor que representa cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de uma responsabilidade enorme. O país reúne hoje aproximadamente 95 mil corretores de seguros, dos quais 60 mil são pessoas físicas e 35 mil jurídicas. Esses profissionais respondem por 85% das vendas do mercado, o que contribui para valorizar a imagem do setor e torná-lo cada vez mais conhecido pela sociedade. Na linha de frente das vendas, os corretores são peças-chave nos resultados, que crescem a cada ano, a despeito da crise econômica. Manter-se relevante é fundamental não apenas para a categoria, mas para o setor de seguros como um todo. Qualifique-se, corretor! Vale muito a pena!

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