Notícias | 20 de outubro de 2020 | Fonte: O Globo

Minuto Seguros: vendas de seguro de vida têm alta de 130% na pandemia

A pandemia da Covid-19 mexeu na percepção de risco do brasileiro. A consciência da finitude da vida proporcionada pelo vírus que já matou mais de 150 mil brasileiros e 1,1 milhão de pessoas pelo mundo fez crescer as vendas de apólices de seguro de vida da Minuto Seguros — enquanto o home office tem influenciado o aumento das vendas de cobertura residencial.

Nos últimos dois trimestres, a empresa fundada por Marcelo Blay — que é uma das maiores corretoras de seguro de automóvel do país e líder no canal online — viu as vendas de seguro de vida aumentarem 127% em relação à média mensal do primeiro trimestre do ano. A percepção de risco iminente também elevou o valor do capital segurado, que dobrou de R$ 200 mil para R$ 400 mil.

Já as vendas do seguro residencial aumentaram 70% com a transferência do trabalho para a casa das pessoas. — As pessoas estão buscando o seguro residencial menos pela cobertura e mais pelos serviços atrelados, que vão desde eletricista, encanador e chaveiro até helpdesk para resolver problemas com computador — diz Marcelo Blay, CEO da Minuto Seguros. E as vendas de seguro residencial seguem em alta, reforçando, diz Marcelo, a percepção de que o home office deve se manter por mais tempo.

Seguros de vida e residencial representam menos de 20% das vendas da Minuto Seguros, mas a demanda desses segmentos é o que deve garantir uma recuperação em V, depois de três meses em que as vendas foram praticamente a zero. A empresa espera crescer 35% este ano, mantendo o ritmo dos últimos anos.

Outra categoria que sofreu bastante na pandemia foi a cobertura para pequenas e médias empresas. O segmento chegou a cair 50% em abril. — Setembro foi o primeiro mês em que a gente viu uma reversão de tendência para seguros para PME. Tivemos uma alta de 57% em relação ao mês de setembro do ano passado, o que pode indicar alguma retomada. As empresas que sobreviveram estão se protegendo — diz Marcelo.

Fundada em 2011 com a proposta de vender seguro pela internet, a Minuto é líder no segmento online — mas a ideia de levar o cliente para fazer todo o processo na base do self-service totalmente digital ainda deve levar um tempo para se popularizar. Só 3% compra do primeiro seguro é realizada a partir de uma experiência 100% digital, ainda que o volume tenha dobrado desde o íncio da pandemia.

— Setenta por cento das nossas vendas são para clientes que estão comprando seguro pela primeira vez. Oferecemos o contato com o atendente pelo 0800 e fazemos um trabalho educativo. Então a primeira venda acaba sendo deficitária. Mas o que precisamos é de recorrência: e na pandemia a nossa taxa de renovação, que já era acima do mercado, chegou a 91% — afirma Marcelo, sobrinho do empresário Jayme Garfinkel, que por 40 anos comandou a Porto Seguro, transformando a empresa em uma das maiores seguradora do país, hoje avaliada em R$ 15,6 bilhões.

O tio não facilitou muito a vida de Marcelo. Ele ficou 10 anos na Porto e não passou do cargo de gerente. Depois foi para o mercado. Trabalhou seis anos no Itaú, onde chegou a vice-presidente de Operações.

Há cerca de dez anos, Marcelo resolveu empreender. Depois de contratar a McKinsey e o Itaú para analisar a perspectiva do mercado para a venda de seguro online, ele fundou a Minuto em 2011. O plano traçado na época foi realizar um crescimento acelerado mirando um IPO em dez anos.

— O IPO sempre foi uma possibilidade, se e quando o mercado permitir — afirma Marcelo, que tem como sócios os fundos de venture capital Redpoint eventures e Intact, que investiram US$ 47 milhões na insurtech e hoje detêm 45% do negócio.

O brasileiro ainda é muito descoberto em termos de seguro em comparação com outros países, com muita oportunidade de crescimento. O país é o 16º mercado em emissão de prêmios de seguro segundo o “World Insurance” da Swiss Re. O setor tem um participação de 3,8% no PIB, enquanto em países onde o mercado segurador é mais maduro essa fatia varia entre 6% e 10%.

Mesmo no seguro de automóvel, que só parte para o seguro saúde em número de apólices, apenas um terço da frota conta com cobertura.

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