Notícias | 11 de maio de 2015 | Fonte: CQCS/ Sueli dos Santos

Microsseguro precisa de canal de distribuição

Durante o evento que discutiu microsseguros que aconteceu no auditório do Sindseg-SP, no dia 29 de abril, Bento Zanzini, diretor diretor de seguro de pessoas do BBMafre, esteve presente. Ele disse estar envolvido no tema nos últimos dez anos. Para ele, apesar do desenvolvimento regulatório, embora tenha havido discussão de mercado, prevaleceu a visão dos órgãos reguladores com um viés de que o cidadão de baixa renda não teria condições de decidir pelo seguro que seja conveniente.

Ele lembrou que o mercado segurador tem uma responsabilidade social e é consciente disso. “Há poucos dias aconteceu a tragédia de Xanxerê e nossa companhia estava lá pra atender a população assim como também esteve presente na tragédia de Santa Maria dando apoio a todos, independente de serem segurados”, lembrou.
Zanzini disse que alguns produtos existentes hoje no mercado são voltados para baixa renda, mas para se enquadrar na norma tiveram de ser transformados em microsseguro. Para ele, um fator que dificulta a popularização do microsseguro é a informação já que a população que seria o público-alvo, desconhece o produto, além, é claro, da falta de educação financeira.

Um outro entrave é a forma de comercializar o produto. O corretor é o melhor caminho, diz ele, mas é o tipo de produto que ele não se interessa já que a comissão é tão pequena. “É por isso que temos de usar a conveniência, o momento em que esse consumidor passa por um ponto de venda”, afirmou. O canal de distribuição para o microsseguro é fundamental.

Ele citou ainda um estudo do mercado brasileiro feito por uma agência internacional mostrando que no Brasil existe um amplo potencial de mercado a ser explorado em todas as classes. “Pesquisa do Ibope mostra que em 2014, 80% dos consumidores não têm apólice de seguro”, disse. Adevaldo Callegari reafirmou que é preciso preparar as pessoas para receber o produto, ou seja, educação.

Nesse sentido, Zanzini considera que o que falta é educar as pessoas e divulgar o produto. “São mais de 100 seguradoras no país, o problema é a falta de comunicação”, disse.

O presidente da Tokio Marine, José Adalberto Ferrara, estava na plateia acompanhando a palestra e lembrou que o corretor não se anima em vender um produto de R$ 9,99. Segundo ele, no caso da Tokio Marine, a entrada é via rede varejista. “Mas o corretor tem de participar, não sei a resposta… como ajudo os corretores a entrar no microsseguro?, perguntou.

Zanzini concordou e afirmou que a saída é o corretor encontrar canais de venda para o microsseguro. “É olhar em sua área de atuação e identificar como criar novos canais”, finalizou. E você, corretor, o que acha do microsseguros?

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