Notícias | 8 de junho de 2015 | Fonte: CNseg

Mercado piora projeção de indicadores econômicos

Analistas consultados pela pesquisa Focus estimam inflação mais alta e queda maior do PIB

O mercado financeiro piora, semana a semana, projeções para a economia brasileira. No caso da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção avançou de 8,39% para 8,46%, este ano. Esta é a oitava semana seguida de alta. Para 2016, a estimativa segue em 5,5%, segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, 8.

Em relação à retração da economia, a taxa esperada passou de 1,27% para 1,30% do PIB. Essa é a terceira piora seguida na estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no País. No próximo ano, a projeção é de recuperação da economia, com crescimento de 1%. Apesar da recessão, o mercado projeta novo reajuste da taxa básica de juros, a Selic, para controlar a inflação. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC subiu a Selic pela sexta vez seguida, para 13,75% ao ano, retomando para o mesmo nível de janeiro de 2009.

Em razão disso, instituições financeiras creem que a Selic vai chegar ao final de 2015 em 14% ao ano. Usada para controlar preços, o aumento da taxa Selic afeta a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.

Para o mercado financeiro, a produção industrial deve ter uma queda de 3,20%, este ano. A estimativa da semana passada era retração de 2,80%. A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) teve uma melhora marginal, passando de US$ 3 bilhões para US$ 3,1 bilhões.

Também avançou a estimativa do saldo negativo em transações correntes (registros de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), ajustada de US$ 83,3 bilhões para US$ 84,1 bilhões este ano. No câmbio, a projeção para a cotação do dólar segue em R$ 3,20, ao final de 2015. E expectativa das instituições financeiras para o Investimento Estrangeiro Direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 66 bilhões para US$ 67,5 bilhões, em 2015.

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