Notícias | 31 de dezembro de 2014 | Fonte: Estado de Minas

Mercado de seguros aposta em preços melhores para o ano que vem

Setor cresceu 9,1% nos valores arrecadados em 2014 e expectativa das empresas é de aumento no próximo ano

Mesmo com a economia desacelerada, o mercado de seguros registrou crescimento de 9,1% nos valores de prêmios arrecadados. De acordo com a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), 2014 foi um ano positivo para o setor, que ampliou a sua taxa de participação em todo o país. Até outubro, a arrecadação do mercado segurador somou R$ 159,7 bilhões, valor que não inclui os planos de saúde.

Desse total, R$ 26,01 bilhões foram gerados na carteira de automóveis, que representa 47,3% do mercado de seguros gerais. Em seguida no ranking de movimentação, aparecem as contribuições à previdência privada, com R$ 61,68 bilhões. Os seguros de vida (R$ 25,02 bilhões), ramos elementares (R$ 28,97 bi) e capitalização (R$ 18,01 bi) aparecem na sequência.

A expectativa para o próximo ano, segundo o diretor-executivo da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Neival Freitas, é o crescimento na casa dos dois dígitos, sendo superior ao índice alcançado neste ano e que o seguro possa fica mais barato, caso seja sancionado o Projeto de Lei 23/11, que disciplina o funcionamento de empresas de desmontagem de veículos. “O projeto já foi aprovado na câmara e propõe regras que podem reduzir drasticamente o índice de roubos e furtos, proporcionando custos menores para as seguradoras, que podem revisar o preço para baixo”, afirma.

Entre as regras estabelecidas no projeto, estão a de que um carro só poderá ser desmontado depois de expedida a certidão de baixa do registro, documento que é emitido pelos departamentos estaduais de trânsito (Detrans) quando os veículos são considerados irrecuperáveis.

Em Minas Gerais, o setor de seguros deve fechar o ano com crescimento de 9% se comparado a 2013. Segundo o vice-presidente do Sindicato das Seguradoras de Minas Gerais (SindSeg-MG), Ângelo Vargas Garcia, a alta do segmento está mais relacionada ao reajuste de preços do que ao aumento do número de usuários. “Minas teve altos índices de sinistros, o que colabora para um reajuste maior na hora de calcular o seguro. Ainda temos que mudar a cultura dos consumidores que não estão acostumados a segurar o bem. Hoje, apenas 25% da frota existente no estado está segurada. Ainda temos um amplo mercado a ser explorado”, afirma.

O empresário Antônio Calixto, de 30 anos, faz parte do percentual que não deixa de fazer o seguro do veículo. Segundo ele, o contrato é renovado sempre em setembro, quando o seu consultor lhe apresenta pelo menos três propostas de diferentes empresas que se adequam ao seu perfil. Ele paga R$ 2,5 mil pelo seguro da Saveiro com todos os opcionais para não ter dor de cabeça se tiver qualquer sinistro. “Pego sempre o seguro mais completo, mesmo que eu tenha que pagar mais caro por isso. Renovo em setembro e pago até o fim do ano e sempre fecho com o mesmo corretor. Nunca tive problemas”, explica.

NA VIAGEM Com o recesso de fim de ano e as férias de janeiro, é hora de muitas famílias pegarem estrada para viajar e, para não ter dor de cabeça, a coordenadora institucional da Proteste Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, afirma que é preciso ter atenção na hora de contratar o seguro e avaliar todas as cláusulas do contrato para não ter surpresas caso precise acionar a seguradora.

Segundo Dolci, é importante fazer um seguro que esteja de acordo com o seu perfil e fornecer ao consultor as informações precisas. “É importante informar se você vai usar o carro todos os dias para trabalhar ou apenas nos fins de semana. Se tem ou não garagem em casa para guardá-lo, caso contrário, é possível que se o seu carro for roubado na rua e for comprovado que o consumidor não tinha a garagem que informou, a seguradora não cubra, uma vez que esse uso não estava previsto”, explica.

Informações como sexo, idade, endereço, modelo do carro podem influenciar no valor final do seguro. Mulheres, casadas e com filhos costumam pagar menos pelo serviço. Em algumas seguradoras, as mulheres podem receber um desconto de até 12%, enquanto a apólice dos homens pode ser elevada em 10%. Isso ocorre porque elas são consideradas mais prudentes no trânsito e possuem um histórico menor de acidentes.

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