Notícias | 5 de fevereiro de 2015 | Fonte: Revista Cobertura

Mercado de resseguros: competição acirrada puxa preços para baixo

Em uma análise desde a abertura do mercado ressegurador, os números mostram que ele mais que dobrou, de R$ 3,3 bilhões no ano de 2007 para R$ 7,8 bilhões em 2013. Porém, a fatia do bolo foi bem mais dividida. Se antes o IRB-Brasil RE respondia por 100% do mercado, hoje a concorrência se dá entre as mais de resseguradoras nacionais e estrangeiras; locais, admitidas e eventuais. O resultado é perda de lucratividade.

“Especificamente o ano de 2013 foi muito ruim. Do volume total cedido às resseguradoras, R$ 7,8 bilhões (alta de 21,2% em relação a 2012), R$ 4,99 bilhões foram colocados nas resseguradoras locais (crescimento de 28,6%). OIRB-Brasil RE passou de um resultado de R$ 450 milhões para R$ 350 milhões, enquanto as locais, de um lucro líquido de R$ 106 milhões, em 2012, amargaram um prejuízo de R$ 78 milhões”, informou Rodrigo Lobo Botti, diretor de Finanças e Operações Terra Brasis RE, durante a SERES 2015.

Com este resultado, a sinistralidade chegou a 90%, superior aos 50% ou 60% na média global. “A alta sinistralidade não foi por causa de indenizações por catástrofes, mas sim a grande competição do mercado fazendo com que houvesse queda nos preços”, analisou Botti.

Mas por se tratar de um mercado jovem (seis anos desde a abertura do mercado ressegurador) em um país que começa a se desenvolver, onde primeiramente a população consome bens e depois demanda seguros, o potencial é eminente. “Se o Brasil continuar a se desenvolver como se espera, há um mercado brutal para seguros e resseguros. As resseguradoras não podem apenas ser provedoras de capital, mas parceiras, adicionando valor e transferência de conhecimento às seguradoras”, concluiu.

A Revista Cobertura foi parceira de mídia do evento.

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