Catherine Vieira
Mercado segurador comemorou ontem números do setor: este ano, até outubro, crescimento médio de 8,7% – expectativa de fechar o ano com 8,5% (17% em 2004).
Arrecadação total do setor deve ficar em R$ 65 bi (R$ 59 bi em 2004).
Média do setor sofreu impacto negativo do segmento de previdência aberta – queda provocada pelas mudanças tributárias.
Presidente da Fenaseg avaliou o ano como positivo: muitas novidades promissoras vêm sendo introduzidas.
Um dos ramos mais promissores para 2006: Seguro Garantia – expectativa de viabilização das PPPs.
Seguro de garantia estendida também deve ter forte impulso – poderá movimentar até R$ 1 bi em receitas.
Em seguros para pessoas físicas, aposta nos produtos mais populares: vida e residenciais voltados para baixa renda, através de parcerias de distribuição com redes de varejo.
Expansão também no ramo de automóveis – aumentar para 35% a frota coberta (hoje, 27%).
Segmento de previdência deverá retomar crescimento, após período de assimilação das novas regras.
Segmento que continua considerado enfrentando entraves: o de seguro saúde – índices de sinistralidade estão em 92% e podem alcançar ainda este ano a casa dos 97%.
O mercado segurador comemorou ontem os números de crescimento do setor, embora o ritmo em 2005 venha se mostrando inferior ao que foi registrado em 2004.
Este ano, até outubro, o segmento como um todo apresentou um crescimento médio de 8,7% e a expectativa é a de manter esse ritmo, alcançando uma média de 8,5% de crescimento das receitas no ano fechado. Em 2004, o setor cresceu cerca de 17% em receitas. A arrecadação total do setor deve ficar em R$ 65 bilhões, enquanto em 2004 esse mesmo valor foi de R$ 59 bilhões.
Além do ritmo de crescimento dos ramos típicos do seguro ter sido menor, a média do setor sofreu um impacto negativo do segmento de previdência aberta, que, após anos consecutivos de expansão, apresentou em 2005 uma retração de 4,82% nas captações. Essa queda, na visão dos especialistas do setor foi provocada pelas mudanças tributárias, que geraram muitas dúvidas para os clientes. Os números foram apresentados ontem, durante o almoço de confraternização anual do setor, promovido pela Fenaseg, no Rio.
Na visão de João Elísio Ferraz, presidente da Fenaseg, no entanto, o ano foi muito positivo, porque muitas novidades promissoras vem sendo introduzidas. “A criação de novos produtos e a capacidade das seguradoras de inovar estão ampliando o raio de ação do setor”, disse Ferraz, que elogiou também a participação ativa do órgão regulador, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) nesse processo.
Na visão de Ferraz e do titular da Susep, Renê Garcia, um dos ramos mais promissores para o ano que vem será o de Seguro Garantia, com a expectativa de viabilização das Parcerias Público Privadas (PPPs).
Garcia, que regulamentou este ano o seguro de garantia estendida também prevê que esse novo segmento terá um impulso forte, podendo movimentar até R$ 1 bilhão em receitas.
Entre os seguros voltados para pessoas físicas, a aposta é nos produtos mais populares como os de vida e residenciais voltados para a baixa renda. Uma das estratégias para avançar nesse campo é o estabelecimento de parcerias de distribuição com redes de varejo. O setor também acredita numa expansão do ramo de automóveis. “Hoje, apenas 27% da frota está coberta e acreditamos que isso pode aumentar para 35%”, disse Ferraz, da Fenaseg. Para ele, haverá uma retomada também do segmento de previdência, após um período de assimilação das novas regras.
Um segmento que continua considerado enfrentando entraves é o de seguro saúde. Os índices de sinistralidade (volume dos prêmios usados em pagamentos de sinistros), que já estão em 92% podem alcançar ainda este ano a casa dos 97%, segundo estimativas da Fenaseg.
O presidente da Agência Nacional de Saúde, Fausto dos Santos, disse, no entanto, que os números das empresas do setor já demonstram uma reversão da tendência negativa que vinha prevalecendo.