A partir desta terça-feira, 22 de junho, médicos, clínicas, hospitais e laboratórios voltam a atender, normalmente, os 360 mil usuários dos planos Bradesco e Sul América no estado.
A deliberação, sinalizada desde o final da semana passada, foi referendada, ontem à noite, em assembléia geral do chamado Movimento pela Remuneração Justa e Valorização da Saúde, na sede da Associação Bahiana de Medicina (ABM), em Ondina.
Mas as lideranças médicas fazem questão de enfatizar que esse retorno ao atendimento não significa o fim do movimento, que se prolongou por mais de três meses. O boicote continua em relação a outras seguradoras de menor porte. “E devemos ampliar a paralisação, direcionando-a agora a outros planos de saúde que, até o momento, se recusam a adotar a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) e nem sequer avançam nas negociações”, adianta o advogado Cândido Sá, que assessora juridicamente o movimento.
Ele salienta, ainda, que a suspensão do boicote à Bradesco e Sul América vai durar somente enquanto as duas empresas cumprirem exatamente o que a Justiça determinou. O advogado se refere à liminar que obriga as duas seguradoras a pagar, direta e imediatamente, médicos e demais prestadores credenciados com base na CBHPM.