Notícias | 30 de agosto de 2016 | Fonte: CQCS | Sueli dos Santos

Mauro César Batista: uma história dedicada ao Seguro

Mauro BatistaUm homem de fala mansa, de porte elegante e gestos gentis. Assim poderia ser definido o presidente do Sindicato das Seguradoras de São Paulo (Sindseg-SP), Mauro César Batista. Mas ele é mais. Natural de Anápolis, no estado de Goiás, Batista tem 68 anos, casado com Maria José Lopes Ribeiro Batista, 4 filhos e 4 netos, ele tem uma extensa história no mercado segurador, que começou em 1978. aos 29 anos. Na ocasião, ele era diretor de uma empresa da família, no ramo de pneus agrícolas. Por problemas familiares, a empresa entrou em dificuldades e ele foi convidado por Wagner de Barros, ex- presidentes do Banco do Estado de Goiás e recém nomeado Diretor da Sul América, para ser seu adjunto e começar a se ambientar em seguros. “Peguei gosto, me encaixei bem no processo e assim começou minha carreira em seguros, em 1979″, relembra. Batista que permaneceu na Sul América durante oito anos.

Depois dessa primeira experiência, Batista foi convidado por Mario Petrelli para participar da  Seguradora ROMA, a companhia que tinha como principal sócio as Organizações Globo (ROBERTO MARINHO). Ele lembra que o projeto era ambicioso. Batista conta que logo ele foi indicado para assumir como vice-presidente executivo da  Seguradora. Na sequência, fui presidente e fiquei por 15 anos. Em 2000 as Organizações Globo entraram no processo de vender todos os ativos que não eram de comunicações e a seguradora foi vendida para a Mapfre, em 2006”, recorda. Com isso, Batista ocupou o cargo de vice-presidente de relações institucionais da Mapfre Brasil, por dois anos. “Entrei na faixa de idade que saia da área executiva, mas ainda ocupei a presidência do Cesvi Brasil por dois anos e fiquei no conselho de administração e, hoje, faço parte de um dos conselhos do Grupo BB e Mapfre”, afirma.

O atual presidente do Sindseg-SP, sempre foi muito ativo no mercado. No campo institucional, ele foi diretor da Fenaseg (entidade que deu espaço para a criação da CNSeg). “Também fui vice-presidente da Funenseg e hoje estou no conselho; sou membro do conselho superior da CNSeg e membro do conselho de representantes”, relata.

Batista está no quinto no mandato à frente da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP) e acha que já é chegada a hora de passar o bastão. “Não quero me afastar integralmente, mas acho que seis mandatos é um peso ruim tanto pra mim quanto pra academia”, analisa.

São mais de 35 anos no mercado de seguros. Batista diz que sempre buscou ser contributivo. “Faço um balanço positivo da minha carreira. Acho que por onde passei desempenhei com determinação e correção as minhas tarefas. Fiz o mais importante na vida humana que é conquistar amigos”, diz.

Cenário atual e o sindicato

Para o presidente do Sindseg-SP, o atual cenário de crise atinge também o mercado segurador, mas em uma proporção menor do que a maioria dos segmentos econômicos da nação.  “Se as coisas estão ruins em outros setores da economia, em seguros está menos ruim porque seguro é um produto e um serviço que as pessoas e empresas não podem prescindir”, analisa. Ele acredita que se o cenário fosse diferente e o país estivesse em um momento favorável de pleno emprego, o mercado seria mais realizador. “O setor de seguros é formador de reservas de longo prazo. O dinheiro direcionado a investimento de títulos públicos propicia um desenvolvimento grande, porque são altos montantes. Com a atual crise, o mercado se ressente disso, mas ainda assim apresenta crescimento em algumas carteiras com o VGBL”, detalha.

Ele lembra  que há ainda uma demanda reprimida já que muitas pessoas no Brasil  não estão cobertas pelo seguro. “É nesse espaço de demanda reprimida que o sindicato tem atuado para fortalecer a imagem do seguro, junto a formadores de opinião. O mundo não pode viver sem seguro”, reforça.

Batista diz que os sindicatos têm como grande objetivo preservar os direitos e interesses da instituição do seguro através das operadoras (seguradoras e resseguradoras). Mas ele destaca que um sindicato não pode ser uma instituição apenas reagente e, nesse sentido, o Sindseg tem feito ações para mostrar a positividade do seguro. “Mostrar caminhos para que a sociedade tenha princípios educativos em relação ao seu meio de vida, principalmente hoje quando no Brasil e no mundo todo, acidentes de trânsito têm provocado vítimas em números crescentes, os sindicatos estão mobilizados em campanhas de trânsito para mostrar que tem acontecido uma carnificina no país”, diz.  O presidente do Sindseg-SP diz que a entidade procura promover múltiplas ações que possam propiciar uma aproximação com o estado interagindo com as Secretarias de Educação e Segurança Pública. “Nossas ações são cada vez maiores e precisamos de um relacionamento com entidades de mercado e outras entidades representativas como OAB ou associações culturais”, diz.

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