Notícias | 31 de agosto de 2018 | Fonte: CQCS | Paulo Araújo com informações da Assessoria

MAPFRE Saúde esclarece mitos sobre vacinas

Dia D de mobilização da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Sarampo.

Surto de sarampo é consequência da baixa imunização que já deixa autoridades em alerta

Autoridades em saúde do Brasil estão em alerta, por conta das quedas nos níveis de imunização. A baixa adesão às campanhas representa o risco da volta de algumas doenças que já haviam sido erradicadas ou mantidas sob controle. A MAPFRE Saúde acredita que a baixa procura por vacinas deve-se à falsa sensação de segurança, ocasionada pela baixa recorrência de enfermidades, ou a boatos sobre as vacinas.

O médico Roberto Cury, responsável técnico da MAPFRE Saúde, alerta: “Pessoas nascidas a partir de 1990 podem nunca ter tido contato com alguém com sarampo ou rubéola e, definitivamente, com poliomielite. Isso porque as constantes ações de vacinação foram capazes de controlar e eliminar essas doenças do país. Entretanto, em lugares do mundo com poucos recursos, essas enfermidades ainda fazem vítimas. Com a globalização, a imunização é ainda mais importante”.

A opção por não se vacinar ou não imunizar os filhos impacta toda a população, já que outras pessoas também podem não estar livres à doença, por exemplo, crianças que ainda não estão na idade indicada para receber a imunização. E é assim surgem surtos, como o do sarampo no Amazonas e em Roraima, com 660 casos neste ano da enfermidade segundo o Ministério da Saúde.

Para se ter ideia da velocidade com que doenças podem ressurgir, há apenas dois anos, em 2016, o país recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do sarampo e, agora, já pode perder esse reconhecimento.

A seguir, a MAPFRE Saúde lista mitos sobre a vacinação e os esclarecimentos do Ministério da Saúde:

– “Com mais higiene e saneamento, as doenças desaparecerão, então as vacinas não são necessárias”

As doenças que podem ser prevenidas por vacinas retornarão caso os programas de imunização sejam interrompidos. Melhor higiene e saneamento básico ajudam a proteger contra doenças infecciosas, mas muitas podem se espalhar, independentemente desses fatores.

– “As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar”

Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do planeta e, em um mundo interligado, podem atravessar fronteiras geográficas. Desde 2005, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas (Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Espanha, Suíça e Reino Unido).

– “É melhor ser imunizado pela própria doença do que por meio de vacinas”

As vacinas interagem com o organismo para produzir uma resposta imunológica semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas sem qualquer complicação. Em contraste, há um preço a ser pago pela imunidade adquirida apenas por meio de uma infecção natural: deficiência intelectual oriunda do Haemophilus influenzae tipo b (Hib), defeitos congênitos da rubéola, câncer hepático provocado pelo vírus da hepatite B, paralisia em membros inferiores ou superiores por poliomielite, ou morte por sarampo. Com a imunização, esses riscos são extintos.

– “As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso”

O tiomersal é um composto orgânico, que contém mercúrio, adicionado a algumas vacinas como conservante. Não existe evidência que sugira que a quantidade de tiomersal utilizada nas vacinas represente um risco para a saúde.

– “Vacina provoca autismo”

Um estudo apresentado em 1998, que levantou preocupações sobre uma possível relação entre autismo e a vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola foi posteriormente considerado seriamente falho, e o artigo foi retirado pela revista que o publicou. Infelizmente, sua publicação desencadeou um pânico que levou à queda das coberturas de vacinação e subsequentes surtos dessas doenças. Não há evidência de uma ligação entre essa vacina e o autismo/transtornos autistas.

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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