A decisão do presidente Michel Temer de decretar intervenção federal na segurança do Estado do Rio de Janeiro gerou muita polêmica. Com o decreto, sai de cena no comando das forças segurança o governador do Estado, Luiz Pezão (PMDB), e entra o general Walter Souza Braga Netto. O texto dá plenos poderes para o general, que terá controle de todo o setor de segurança fluminense, incluindo as polícias Civil e Militar e o Corpo de Bombeiros Militar, e o setor carcerário.
A medida foi pauta de intensos debates nas redes sociais, em programas de televisão e rádio e também na Câmara dos Deputados, onde o decreto do presidente Temer foi aprovado na madrugada da última terça-feira (20), com 340 votos favoráveis, 72 contrários e uma abstenção..
No mercado segurador, não foi diferente. O assunto foi tema de muitas discussões e conversas, principalmente no Ro de Janeiro. Para o presidente do CCS-RJ, Jayme Torres, a situação de crescente violência criou uma grande dificuldade na aceitação e até precificação de diversos tipos de seguros no estado. “Se a ação militar alcançar o objetivo de recuperar a eficácia da segurança pública, podemos acreditar na volta do que chamamos de ‘normalidade’ do nosso setor”, analisou.
O presidente do CCS-RJ explica que o roubo de veículos, diferente do furto, está associado à prática de outros crimes: o bandido que quer roubar a carga de um caminhão, uma empresa, residência, ou transportar armas e drogas usa o carro roubado como meio de realizar esses delitos. “Havia a necessidade urgente de algo ser feito. Se a intervenção vai melhorar, ser a solução ou não, só o tempo vai nos mostrar, mas estou bastante confiante que nosso Rio de Janeiro tem solução”, enfatiza.