Notícias | 11 de setembro de 2019 | Fonte: Correio do Povo

LaMia e corretor sabiam de problemas com vôo da Chapecoense

Acidente com delegação do clube deixou 71 pessoas mortas em 2016

A companhia aérea LaMia e um representante da companhia de seguros AON estavam cientes de vários problemas da empresa responsável pelo fatídico voo da delegação da Chapecoense, em 2016, no qual 71 pessoas morreram. É o que mostra uma série de e-mails trocados pela proprietária da LaMia, a venezuelana Loredana Albacete, e o corretor britânico Simon Kaye, que fazem parte da documentação enviada ao Senado Federal e revelada por reportagem do site UOL.

Em algumas das mensagens, a LaMia pressiona pela realização do seguro para um voo do The Strongest, mesmo com a proibição a voos fretados de sobrevoarem o espaço aéreo colombiano, e ambos negociam: “Eu acho US$ 50 milhões muito. Amigos da aviação que fazem América do Sul trabalham bem com US$ 25 milhões”, escreveu Loredana em um dos trechos revelados.

A AON usa a proibição como argumento para negar o pagamento do seguro às famílias das vítimas, que seguem até hoje sem receber. Em outra mensagem, por exemplo, o corretor sugere tirar a tripulação do seguro. Além disso, as mensagens mostram a influência política que a companhia tinha para transportar equipes de futebol.

FAÇA UM COMENTÁRIO

Esta é uma área exclusiva para membros da comunidade

Faça login para interagir ou crie agora sua conta e faça parte.

FAÇA PARTE AGORA FAZER LOGIN