Notícias | 30 de novembro de 2005 | Fonte: Folha de Londrina

Jovens antecipamos planos de aposentadoria

São Paulo – A média de idade das pessoas que optam por um fundo de previdência complementar vem caindo nos últimos anos. De acordo com dados da Anapp (Associação Nacional da Previdência Privada), a idade dos participantes desses planos é, em média, de 35 anos, com tendência de queda para a faixa dos 30 nos próximos anos.

Esse indicador é positivo, pois revela que está aumentando a compreensão dos participantes sobre a importância de fazer uma poupança de longo prazo. A decisão de entrar mais cedo em um fundo de previdência, mesmo que com uma contribuição mensal pequena, pode representar uma grande diferença no valor futuro da aposentadoria. A cada cinco anos de atraso para iniciar uma poupança para a aposentadoria, o valor do benefício mensal encolhe cerca de 40%.

De acordo com simulações do mercado, quem começa um plano de previdência aos 25 anos terá uma renda complementar na aposentadoria entre 60% e 80% superior à de quem começa com 30 anos, considerando o mesmo valor de contribuição mensal.

Esse percentual também vale para quem adia o início da contribuição dos 30 para os 35 anos. Uma pessoa que contribua com R$ 150 a partir dos 25 anos, por exemplo, pode se aposentar aos 60 com uma renda complementar em torno de R$ 2.700.

Para se obter a mesma renda com uma poupança a partir dos 30 anos, seria necessário poupar mensalmente mais de R$ 250. Com os mesmos R$ 150, a renda complementar seria de cerca de R$ 1.500.

Outro incentivo para quem está entrando agora no mercado de trabalho é a flexibilidade proporcionada pelos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Esses dois planos representam hoje 80% das contribuições para a previdência e podem ser utilizados de forma complementar.

São os mais recomendados pelos analistas, por serem mais “modernos” e transparentes que o Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual) ou os seguros de vida resgatáveis. Para quem está no começo da carreira e ainda utiliza o modelo simplificado de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, o VGBL é o mais indicado, segundo analistas.

Porém, assim que a pessoa alcança um salário mais alto, com outras fontes de desconto, e passa a utilizar o formulário completo do IR, ela pode direcionar as contribuições para um PGBL, que conta com o benefício fiscal de poder abater da renda bruta até 12% do que for investido no fundo, o que garante uma restituição maior do Imposto de Renda.

“0 VGBL é exatamente para quem ainda não tem a possibilidade de usar a dedução fiscal que o PGBL oferece. No momento em que essa pessoa atingir um determinado nível de renda, em três ou quatro anos, ela poderá utilizar o PGBL”, afirma o diretor da Real Tokio Marine Vida e Previdência, Edson Franco.

Ele observa que, para abrir um plano de previdência complementar, ninguém precisa esperar até que o salário atinja um determinado nível. “Um engenheiro recém-formado pode até ganhar um salário inferior ao teto da previdência pública nos três primeiros anos de profissão, mas já tem uma perspectiva de carreira que vai gerar uma necessidade de complementação”, observa Franco.

Para calcular com mais exatidão essa necessidade de complementação, é preciso considerar uma aposentadoria que varia de 60% a 80% do salário da ativa, segundo dados da Anapp.

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