Notícias | 21 de outubro de 2003 | Fonte: Uol - Economia

Jovem é alvo de novos produtos de previdência e seguro

O maior interesse do brasileiro pelos planos de previdência fica evidente quando analisamos a taxa de crescimento do faturamento do setor nos últimos anos. De acordo com dados da Anapp (Associação Nacional da Previdência Privada), desde 1994 o faturamento do setor teria crescido a uma taxa média de 39% ao ano, muito acima, portanto, do resto da economia.
Buscando garantir a manutenção de taxas elevadas de crescimento nos próximos anos, o setor busca cada vez mais inovar na oferta de produtos de forma a atingir novos clientes. Neste sentido, o público jovem parece ser um dos alvos preferidos das entidades de previdência privada.
Preocupação com filhos aumentou Muitas pessoas que ainda não haviam sido convencidas das vantagens de se garantir uma aposentadoria tranqüila acabam sendo mais facilmente convencidas da necessidade de se garantir os estudos dos filhos.
Além disso, como algumas famílias estão optando por ter filhos mais tarde, alguns se preocupam que, quando o filho chegar em idade universitária, já estarão aposentados e sem rendimentos suficientes para arcar com estes gastos.
Diante disto, não é difícil de entender que a procura por planos voltados ao mercado jovem tenha aumentado nos últimos anos. Até porque se tratam de produtos mais recentes, lançados em 2001, quando os contribuintes passaram a poder deduzir do imposto a pagar as contribuições feitas aos seus dependentes. Até então, só os depósitos em poupança para dependentes feito em nome do contribuinte eram dedutíveis.
Cerca de 3% dos planos vendidos em 2003 Apesar dos planos individuais – contratados pelo indivíduo para garantir uma renda adicional ao se aposentar – ainda responderem pela maior parte das vendas, a participação dos planos voltados ao público jovem tem crescido.
De acordo com o presidente da Anapp, Osvaldo Nascimento, os produtos voltados para o público jovem já contam com reservas de R$ 1,5 bilhão. Os dados da Anapp sugerem que, do total de planos de previdência vendidos nos sete primeiros meses deste ano, os planos voltados ao público jovem já respondem por 3% do total de planos comercializados no país.
A liderança segue com os planos individuais, que respondem por 74% dos planos vendidos, seguidos dos planos empresariais, responsáveis por 23% dos planos vendidos. No momento, estima-se que o total de planos individuais administrados no mercado seja de 5,65 milhões.
Ampliando o leque das coberturas Os planos voltados ao mercado jovem garantem, por exemplo, o pagamento dos estudos universitário dos filhos, a compra de um carro quando o filho atingir maioridade, o financiamento de um negócio próprio, ou simplesmente aquela viagem ao exterior que seu filho tanto sonha etc.
Por um pouco mais também é possível garantir não só os gastos com estudo universitário, como também uma renda mínima para o dependente até uma idade pré-estabelecida no caso do seu falecimento.
Também começam a se tornar populares os seguros de proteção escolar, com algumas seguradoras formando parcerias com instituições de ensino para distribuir estes produtos. Desta forma, os pais têm opção na matrícula de optar pelo pagamento de um seguro deste tipo, que cobre os custos escolares em caso de falecimento do pai do estudante.
Contribuições mensais a partir de R$ 40 Na maioria dos bancos é possível encontrar produtos para o público jovem estruturados como PGBLs e/ou VGBLs. A diferença é que no primeiro grupo as contribuições que você fizer ao plano do seu filho poderão ser deduzidas do seu IR enquanto nos planos do tipo VGBL isto não ocorre, mas em compensação quando os benefícios foram sacados seu filho pagará imposto somente sobre os ganhos e não sobre o total acumulado.
Também é possível fazer planos com contribuições mensais a partir de R$ 40, ou combinação de contribuições mensais com contribuições extras para o caso de sobrar algum dinheiro extra no final do mês. Finalmente, os planos são estruturados de forma que o seu filho possa receber uma renda mensal por um período pré-determinado, de 5, 10, 15 ou 20 anos, ou na forma de um resgate único.
Se preferir não sacar os recursos acumulados até a data prevista de resgate, alguns planos permitem, inclusive, que seu filho transforme este plano em um plano para sua própria aposentadoria, no qual continuaria fazendo aportes mensais até que ele mesmo se aposente.
Fernanda de Lima

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