Os funcionários do IRB Brasil Re criticam a forma como será feita a distribuição de lucros para os acionistas da resseguradora. Na avaliação de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Resseguro (Sintress), está sendo perdida uma oportunidade rara para se capitalizar a empresa, aumentando a capacidade de retenção de riscos no Brasil: “é um erro o que estão fazendo. Boa parte do lucro de mais de R$ 300 milhões apurado em 2003 deveria ser reinvestida no IRB. É importante aumentar o volume de negócios retidos no país”, adverte o presidente do sindicato, Hermes dos Santos.
Segundo ele, não é bom para o mercado o fato de a empresa repassar para o mercado internacional um total de prêmios de R$ 1,6 bilhão, ou 55% do prêmio total auferido pelo IRB no exercício passado.
O Sintress promoverá na segunda-feira um novo ato em frente da sede da resseguradora, com a presença de vários parlamentares do PT, incluindo o presidente do partido no Rio de Janeiro, deputado estadual Gilberto Palmares e o vereador Eliomar Coelho, que é, inclusive, da mesma facção política do atual vice-presidente do IRB, Manoel Morais.
Além da questão da distribuição dos lucros, os funcionários da empresa vão protestar contra as perdas salariais acumuladas nos últimos anos, as quais, segundo Hermes dos Santos, chegam a 45%: “nós aceitamos até 10% de reposição, mas o máximo oferecido até agora foi 7% de reajuste”, diz o presidente do Sintress.
A categoria fará assembléia no próximo dia 26 para decidir se aceita ou não a proposta apresenta pela direção da empresa.