O Valor Econômico informa que a gestora Squadra observou algumas alterações nos números apresentados pelo IRB em suas demonstrações financeiras. O primeiro ponto analisado se refere ao “salvados e ressarcidos”. A Susep havia orientado as empresas para, na hora de divulgar esses valores, separar os valores em expectativa de recebimento daqueles que já são um direito líquido. O objetivo é contabilizar no lado passivo do balanço, como redutor do saldo da provisão de sinistros a liquidar (PSL).
No caso da IRB, a Squadra observou que os números divulgados eram referentes ao terceiro trimestre de 2019 e que estes estavam apenas no site da Susep. Além disso, identificou-se que o IRB apontava R$ 605 milhões como expectativa para salvados e ressarcidos, valor que representava 30% da PSL.
O IRB também perdeu o prazo de 02 de março dado pela Susep para divulgar todas as informações contábeis de 2019, mas informou, segundo o Valor, que enviou os dados na quinta-feira.
O IRB, por sua vez, afirmou que, em seus 80 anos de vida da empresa, estava trabalhando no melhor tratamento e transparência das informações quando surgiu o questionamento da Squadra. Durante o ano, de acordo com o Valor, já havia preceitos contábeis para contabilizar essas linhas, mas o IRB ainda estava identificando se deveriam entrar no ativo ou passivo do balanço.
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