Notícias | 11 de janeiro de 2006 | Fonte: Folha de S.Paulo

Investimento de fundo de pensão cresce 29%

JANAÍNA LEITE

DA REPORTAGEM LOCAL

EPAMINONDAS NETO

DA FOLHA ONLINE

A carteira de investimentos dos fundos de pensão brasileiros em 2005 deve ter crescido 29,4% diante de 2004. A estimativa foi divulgada ontem pelo presidente da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), Fernando Pimentel. Ele participou de reunião, em São Paulo, entre representantes de vários fundos e jornalistas.

Caso a projeção de Pimentel seja confirmada, a carteira total das entidades de previdência complementar terá saltado de R$ 255 bilhões para R$ 330 bilhões.

Três foram os motivos do bom desempenho. O primeiro são os juros altos, uma vez que os investimentos dos fundos de pensão em títulos corrigidos por esse tipo de taxa respondem por boa parte do total. O segundo é o fato de a economia mundial -e, portanto, a brasileira- ter escapado de grandes solavancos em 2005. Houve ainda o aperfeiçoamento das técnicas de gestão por parte dos administradores das entidades de previdência.

Desaceleração

Em 2006, com a perspectiva de redução dos juros e de valorização da Bovespa, Pimentel observou que a carteira não deverá inchar tanto. “Os fundos são como transatlânticos, não mudam [de direção] tão facilmente”, disse, referindo-se à dificuldade de os fundos venderem grandes volumes de títulos públicos para migrarem rumo às ações negociadas em Bolsa de Valores.

Segundo as projeções do presidente da Abrapp, o número de participantes vai atingir 1,79 milhão em 2005. No ano retrasado, o total foi de 1,7 milhão de pessoas.

Além de investimentos mais gordos, os fundos deverão trazer outra boa notícia: aumento de rentabilidade. De acordo com o presidente da Abrapp, o percentual de ganho deverá ficar entre 16% e 19%, ante uma meta atuarial de 11,5%.

Gigantes

O maior fundo de pensão do Brasil e da América Latina, a Previ, deverá impulsionar a alta dos investimentos em 2005. Também participante da reunião, o presidente da entidade, Sérgio Rosa, estimou que os investimentos do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil chegarão a R$ 82 bilhões. Em 2004, o valor ficou em R$ 75 bilhões.

Segunda no ranking, a Petros, ligada à Petrobras, terá os investimentos aumentados de R$ 24,9 bilhões para algo em torno de R$ 27,4 bilhões, segundo o diretor de Investimentos da instituição, Ricardo Malavazi.

A Funcef, da Caixa Econômica Federal, que ocupa o terceiro lugar no rol dos maiores fundos de pensão, deverá somar R$ 21

bilhões em investimentos quando lançar os números de 2005 nos livros contábeis, afirmou o diretor de Controladoria da Funcef, Carlos Alberto Caser. Em 2004, o valor ficou em R$ 19,4 milhões.

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