Notícias | 26 de julho de 2021 | Fonte: CQCS | Sueli dos Santos

Investidores apostam fortemente em canais digitais no mercado de seguros

O jornal Valor Econômico fez uma reportagem na última quarta-feira, 21/07, mostrando que as insurtechs estão ganhando espaço no mercado de seguros depois que a Susep começou a flexibilização da regulação. Segundo a reportagem, novas empresas do mercado de seguros que têm tecnologia como base, ganham espaço para inovar no setor, o que vem atraindo a atenção de investidores e dá destaque às novas seguradoras Darwin e Flix.

A Darwin foi fundada em fevereiro de 2021 e recebeu um aporte de R$ 11 milhões. Entre os investidores estão fundos de venture capital, Invisto Capital e Duxx Investimentos e, também, contou com investidores anjos como o ex-diretor do Softbank Brasil Felipe Affonso, o ex-presidente da Unidas Antonio Lemos, o ex-presidente e fundador da Rappi Brasil, Ricardo Bechara, o presidente da Stockcar, Fernando Julianelli, e o ex-diretor geral na Bradesco Seguros Auto/RE, Enrico Ventura.

A reportagem diz que a startup de seguros pretende participar da segunda turma do sandbox regulatório da Superintendência de Seguros Privados (Susep). E, se os planos derem certo, começará a vender as primeiras apólices entre o fim de 2021 e começo do ano que vem, comercializando seguros de automóveis que serão totalmente digitais, desde a cotação até o pagamento do sinistro. Por meio da telemetria, um aplicativo da Darwin instalado no celular do cliente tem a capacidade de avaliar o perfil de dirigibilidade, estilo de vida e criar uma pontuação. Por meio dele, será possível criar parâmetros de precificação.

Não haverá o sistema padrão de “preço médio” do seguro para consumidores com perfis semelhantes, usado por boa parte da concorrência, mas que acaba criando médias injustas. “Assim, se uma pessoa de 18 anos for boa motorista, ela pode pagar menos pelo seguro do que uma pessoa de 60 anos”, disse ao jornal o co-fundador da Darwin, Carlos Alberto Souza Barros.

A matéria fala também da Flix que foi selecionada na primeira turma do sandbox da Susep. A insurtech é especializada em seguro residencial e, também, recebeu seu primeiro investimento, de R$ 5 milhões, da gestora de venture capital Domo Invest. “Acho que uma das principais responsabilidades do fundo é nos apoiar e nos direcionar nas próximas estratégias de captação”, disse o presidente da Flix, Luis Felipe Barranco.

A expectativa da Domo é que esse investimento inicial começará a ter retorno no próximo ano e a próxima rodada de captação da Flix será bastante forte. O sandbox é considerado um ponto de entrada de um produto que não é necessariamente novo, mas tem pouca penetração no Brasil.

“A Domo tem investimentos em 15 fintechs. “Em nossas teses, falamos mais de open finance do que open banking. Vínhamos olhando operações de seguros por muito tempo”, disse ao jornal o sócio fundador da Domo Invest, Gabriel Sidi. O que a empresa procurava era uma investida que fizesse a operação de forma completamente digital, e a maioria ainda fazia contratações online, mas o pagamento do sinistro era feito de modo tradicional.

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