Notícias | 26 de julho de 2019 | Fonte: Revista Cobertura

Insurtech Ciclic apresenta ao mercado de seguros o conceito de Open Insurance

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A exemplo do Open Banking já aplicado em instituições financeiras com o intuito de criar serviços mais inovadores e flexíveis, prestes a ser regulamentado pelo Banco Central, a insurtech Ciclic aderiu a este caminho e se intitula a primeira Open Insurance do mercado de seguros.

Na noite de ontem, 24 de julho, a empresa realizou o primeiro evento de Open Insurance do país, em sua sede, em São Paulo (SP), reunindo profissionais da área de seguros. Raphael A. Swierczynski, CEO da Ciclic, abriu o encontro esclarecendo o seu conceito.

“O Open Insurance tem como objetivo oferecer soluções, não de quem tem produtos de prateleira, mas de quem vai desenvolver produtos e soluções para atender às necessidades específicas dos consumidores. E acreditamos que isso irá transformar o mercado”, afirmou.

Na prática, o Open Insurance abrange uma rede de parceiros, sejam eles do mercado de seguros ou não, conectados em um ecossistema chamado de API, camada de hiperintegração, para a oferta de produtos e serviços, novos modelos de negócios e compartilhamento de dados. O mote é a inovação.

E quem compartilha os dados são os próprios clientes. “No conceito de Open Insurance, os dados são do cliente e não da seguradora, e ele tem a prerrogativa de aceitar ou não se eles serão compartilhados. Já as empresas neste ecossistema têm que ter muito forte a questão de segurança dos dados”. Até por uma exigência da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

Para exemplificar como ele se aplica, Swierczynski apresentou algumas iniciativas em outros países. Como o da Lemonade, nos Estados Unidos, que basicamente vende o fiança locatícia e disponibilizou uma API aberta para que outros players vendam o seu produto por meio desta plataforma.

Na China, a Ping Na criou duas API’s abertas, uma para as empresas seguradoras utilizarem o sistema de autenticação para os seus clientes e a outra para a parte de sinistros.

Outro exemplo é o da AXA, na Ásia, com API’s abertas para a gestão de sinistros, distribuição de seguros e serviços ao consumidor de seguros residencial, auto e viagem.

Vantagens

O ponto principal do Open Insurance é quebrar a barreira de que os players são concorrentes e que juntos eles podem crescer mais. “Ele cria uma maior transparência no setor de seguros, melhora a experiência do consumidor e possibilita conhecer os reais riscos das pessoas, proporcionando o aumento da inovação para que novos produtos sejam criados para atenderem às necessidades de diversos perfis de consumidores”, mencionou Swierczynski.

E uma das vantagens para as seguradoras é a parte de analytics e big data. “E nós estamos buscando conhecer mais as necessidades do consumidor e também dos que ainda não consomem seguros. E mais do que isso, ajudar os nossos parceiros a identificarem qual é o melhor produto que atenda a um consumidor específico”. Possibilitando também a oferta de produtos complementares e o cross-selling.

“A nossa crença na Ciclic é de que o caminho passa pelo compartilhamento, fazer tudo sozinho é coisa do passado. E o que estamos fazendo é criar soluções para mostrarmos ao mercado e às pessoas os benefícios do Open Insurance. Nós iremos disponibilizar API para as empresas se conectarem, apoiando e direcionando o mercado para a definição de um padrão de API”.

Já em prática, a Ciclic criou a Carteira Ciclic, um aplicativo para clientes, de forma que eles mesmos incluam os dados e, em um único lugar, eles têm acesso aos seus seguros, serviços e planos de previdência. “Para os tipos de seguros e de quaisquer seguradoras”, ressalta do executivo, o que segundo ele, é uma forma deles se conectarem com outros produtos. “A ideia é fomentar o cliente cada vez mais”, concluiu.

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