Notícias | 24 de julho de 2020 | Fonte: CQCS

Iniciativa da Susep pretende modernizar o setor de seguros

Uma matéria veiculada ao site Valor Econômico na última sexta (24) informa que a Superintendência de Seguros privados, Susep, colocou o Brasil na rota de dez países que estão prontos para testar o sandbox regulatório. O objetivo é estimular a inovação no setor de seguros.

O edital irá selecionar, entre 20 de julho e 19 de agosto, dez projetos considerados inovadores que tenham foco em tecnologia e modernização de produtos e serviços e que tragam redução de custos para os consumidores. De acordo com o Valor, este número poderá dobrar caso a autarquia enxergue diversidade nas propostas apresentadas que possam elevar a competição neste mercado. A ação é coordenada em parceria com o Banco Central (BC) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM)

Os projetos selecionados serão avaliados pela Susep durante três anos até terem maturidade para ser operacionalizados sob as regras do mercado tradicional. “A flexibilização regulatória procura viabilizar as empresas que queiram começar a operar neste mercado, cuja regulamentação é forte e hostil para quem não é do meio. Mas só quesitos regulatórios são flexibilizados. Não flexibilizaremos aspectos legais”, explica Eduardo Fraga, diretor da Susep.

Algumas seguradoras também irão participar do processo, como é o caso da MAG, do Grupo Mongeral Aegon, quer testar projetos novos no ambiente do sandbox. “Queremos atingir novos públicos e os projetos que desenvolvemos em parceria com a PUC tem a ver com aceitação de risco e forma de distribuição”, indica Nuno David, diretor da MAG Seguros. O executivo está de olho no consumidor com menos de 30 anos que ainda está fora deste mercado.

A seguradora mantém, há três anos, o Insurtech Innovation Program, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, e com o IRB Brasil RE, onde mais de 60 iniciativas já foram desenvolvidas, sendo que sete viraram projetos.

Ainda de acordo com a Susep, para participar do sandbox, o produto ou serviço deve utilizar meios remotos nas operações e demonstrar qual é a inovação da tecnologia empregada. O projeto tem que estar plenamente apto a entrar em operação. Dentre as exigências estão a apresentação de um plano de negócios e a análise dos principais riscos associados à atuação e como mitigar eventuais danos causados aos clientes. O foco principal do sandbox é em produtos massificados de curto prazo.

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