Notícias | 11 de fevereiro de 2016 | Fonte: I Carros

Imposto sobre carros no Brasil é maior do mundo, diz Anfavea 

Captura de Tela 2016-02-11 às 08.23.53Segundo a associação, a carga tributária no País varia entre 48,2% e 54,8% do valor do veículo. Na Argentina são 21%

Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) aproveitou a coletiva de imprensa realizada no ultimo dia (4) para criticar a carga tributária que incide sobre os veículos no Brasil. Usando como exemplo o carro mais barato à venda no País, o Fiat Palio Fire, de R$ 28.790, o presidente da associação Luiz Moan calculou quanto ele custaria sem os impostos cobrados aqui.

Fazendo a conversão do valor do carro com a cotação média do dólar em dezembro, o Palio Fire custaria quase US$ 7.400 com os impostos embutidos. Sem IPI (Imposto sobre Produtos industrializados), ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social), ele sairia por R$ 20.680 ou US$ 5.342. Vale destacar que esses cálculos não levam em consideração o salário e o poder de compra em cada moeda ao fazer essa conversão.

Moan alerta ainda que há outros impostos embutidos e que, sem eles, o mesmo Palio Fire custaria aqui apenas R$ 19.149, ou US$ 4.947 convertendo segundo a cotação média do dólar de dezembro. Para ele, “o brasileiro paga por dois e leva um”. “O Brasil tem a maior carga tributária sobre veículos do mundo”, completa Moan.

Segundo a Anfavea, a carga tributária no País varia entre 37,2% e 43,7% do valor do automóvel. Com os encargos menores embutidos no valor final, ela sobe consideravelmente, oscilando entre 48,2% e 54,8% do preço do carro. Para comparar, a associação cita os impostos que incidem sobre a venda de automóveis em outros países. Na Itália, por exemplo, os impostos representam 22% do valor, enquanto nos Estados Unidos são 7,5%, na Alemanha são 19% e no Japão são 5%. O custo é muito alto no Brasil mesmo considerando apenas nossos vizinhos da América Latina, com 16% no México, 19% no Chile e 21% na Argentina.

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