No último final de semana os classificados de automóveis dos jornais das grandes cidades brasileiras estamparam o anuncio da Ford oferecendo “seguro grátis”(sic), emitido pela HSBC Seguradora.
Esta prática, que estava abolida no mercado segurador brasileiro, volta exatamente com Cia Seguradora que tinha implantado o modelo mais maduro para as operações onde as montadoras querem oferecer o seguro como estratégia de marketing, em que era dado a possibilidade de o segurado escolher o seu Corretor.
Quando da promoção do Golf, a HSBC conseguiu fazer uma operação perfeita. O seguro não era grátis, era pago pela montadora, o segurado podia escolher o Corretor de sua preferência, desde que cadastrado pela Cia e a única falha naquela ocasião, era que a Volkswagen estava oferecendo o seguro para minimizar as falhas de segurança do Golf, que faziam do prêmio um fator que impedia vários consumidores de adquirir o veículo.
Agora a operação joga por água abaixo todos estes pontos importantes e o seguro volta a ser “grátis”, o corretor que atende o segurado com presteza não é respeitado e vai ter que esperar um ano para poder ter o seu cliente de volta.
Por que a Ford não seguiu o exemplo bem sucedido da Volkswagen?
“Seguradoras como Porto Seguro e Bradesco não estão aceitando propostas que coloquem de lado o Corretor de Seguros, respeitando-os como seu principal canal de produção, isto caracteriza uma evolução do mercado, privilegiando a ética e a livre, porem justa, concorrência entre os profissionais do setor.” Comenta Gustavo Doria Filho, Diretor Executivo do CQCS, lembrando que em oportunidade passadas estas Cias chegaram a fazer algumas operações nestes moldes. “É uma pena que a HSBC, que foi elogiada no site, volte atrás e traga esta prática pobre de volta ao nosso mercado. Pensamos que esta era uma briga ganha!”finaliza Gustavo.
O CQCS acredita que a Willis poderia ter feito esta operação nos mesmo moldes da VVD Palace, que não perdeu quase nenhum negócio na ocasião do Golf com seguro pago pela montadora, pois os seguros que optassem pelo seu Corretor em um primeiro momento, estariam no seu cadastro, para a Corretora tentar buscar na renovação de maneira profissional, e sem a ajuda da montadora, através da prestação de serviços de qualidade percebidos pelo cliente.
O CQCS, na certeza de que a Ford, HSBC e Willis vão rever as suas posições e adequar a operação a esta nova realidade, deixa o espaço aberto para apresentarem os seus argumentos e convoca todos os Corretores do Brasil a darem a sua opinião através do Fale Conosco do site, já que os comentários inseridos diretamente na matéria só serão lidos pelos usuários cadastrados.