Um homem, que não teve o nome revelado, ficou inválido após uma cirurgia de retirada de pedras nos rins a laser. De acordo com informações do site Livre, o erro médico foi considerado acidente pelo Poder Judiciário de Mato Grosso que determinou que a seguradora deve pagar o valor completo da apólice de R$ 300 mil por danos pessoais.
Pensando na questão do seguro, o CQCS entrevistou Carol Novaes, expert em Linhas Financeiras da Tutum, que afirmou que nesta situação, o Seguro de Responsabilidade Civil Profissional seria o correto. “A vítima sempre poderá entrar com uma ação nessas situações”.
O trabalhador ficou tetraplégico devido a uma infecção grave causada pelo rompimento de uma bolha de pus durante o procedimento cirúrgico. A seguradora negou a indenizaçāo argumentando que o seguro de vida contratado garante apenas indenização em caso de acidente, sendo que as limitações do cliente teriam decorrido de doença e não de acidente.
De acordo com Carol, mesmo que o médico não possua seguro, o profissional será responsabilizado. “O papel da seguradora é justamente respalda-lo na hipótese de algum prejuízo financeiro decorrente de uma reclamação alegando falha profissional. A única hipótese que não teria cobertura seria no caso de ser julgado ato doloso, o que é excluído das apólices de RC Profissional”.
Para finalizar, Carol enfatizou que o seguro é importante para garantir justamente que o profissional em questão não tenha qualquer prejuízo financeiro em decorrência de reclamações por falha profissional. Ao mesmo tempo que garante os custos de defesa e protege o fluxo de caixa do profissional em questão, também garante tem um importante papel “social” de garantir a indenização ao terceiro prejudicado.