Notícias | 30 de setembro de 2005 | Fonte: Segs.com.br

Governo tem oportunidade de retomar poder de iniciativa

 A eleição de Aldo Rebelo para a presidência da Câmara representa mais do que um episódio isolado de triunfo do governo frente à oposição. Depois de um longo período de dificuldades agudas de coordenação de sua base parlamentar (que começou antes e tornou possível a eleição de Severino Cavalcanti), o Planalto parece ter diante de si a rara oportunidade de rearticular suas forças no Congresso e recuperar, pelo menos em parte, o terreno perdido para a oposição em meio à crise política.

Uma derrota para o pefelista José Thomaz Nonô poderia não significar, do ponto de vista do governo, um agravamento imediato do quadro político, mas tenderia a estender a situação atual de desagregação, provavelmente acompanhada da absoluta incapacidade do Planalto de influir sobre a pauta da Câmara. Com a proximidade das eleições presidenciais, isso poderia colocar o governo na perigosa posição de refém das oposições. Nessas circunstâncias, a ameaça de um eventual processo de impeachment seria muito maior do que agora, que o comando da Câmara passou às mãos de um aliado.

Parece ter sido essa percepção de risco a maior motivação para a decisão de total envolvimento do governo nas eleições da Câmara. Os sinais desse envolvimento só despontaram na terça-feira (27). O engajamento direto de Lula e a atuação coordenada das lideranças da base aliada foram decisivos para o fortalecimento da candidatura de Aldo Rebelo na reta final da disputa e para sua vitória.

Não deverá ser uma vitória sem ônus para o governo. O processo de sucessão na Câmara acabou contribuindo para acelerar a recomposição da aliança entre o PSDB e o PFL para 2006. Ao lado disso, o desdobramento da disputa parece ter resultado num aprofundamento da divisão interna do PMDB. Ainda assim, o saldo foi positivo para o governo. A oposição não deverá ter tanta facilidade em criar dificuldades para o governo sem a presidência da Câmara e, no caso do PMDB, provavelmente o Planalto continuará a contar com o apoio limitado com que já contava.

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