O diretor administrativo e de benefícios da Fundação Cesp, Cláudio da Rocha Miranda, que administra em regime de autogestão multipatrocinada 13 empresas de energia elétrica do Estado de São Paulo, disse que o governo resolveu fazer política social em cima dos planos privados de saúde. Segundo o executivo, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) restringiu muito o mercado, criando normas rígidas o que prejudicou as operadoras e seguradoras de planos de saúde. “Por outro lado, também é verdade que as operadoras e seguradoras de planos de saúde não têm repassado os reajustes aos médicos, criando esse clima que o País enfrenta hoje”, argumentou Miranda, acrescentando que hoje todos sofrem com esse sistema -o consumidor, os prestadores de serviços e as empresas.
O executivo informou ainda que a maioria dos usuários de planos de saúde não têm renda para pagar consultas caras ou planos caros. “Mas os médicos também sabem que não dá para ir sozinho ao mercado. As pessoas não têm dinheiro. O que se tem a fazer é nichar a classe C, conclui.