Em vigor há cinco meses e alvo de reclamações de empresários, especialmente do setor de serviços, a nova alíquota da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) pode ser revista pelo governo nos próximos meses. Foi o que admitiu hoje o ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, em almoço com o Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. “A alíquota pode ser rediscutida”, afirmou.
Concebida para desonerar a produção e aumentar a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, a Cofins não-cumulativa (como ficou conhecida) entrou em vigor em 2 de fevereiro, sob ataque dos setores de serviço e de construção, os mais prejudicados com a elevação da cobrança, que passou de 3% (cumulativa) para 7,6%.
Berzoini, no entanto, se negou a prever prazos ou a dimensão das mudanças. Limitou-se a comentar que nenhuma mudança tributária é neutra, que a alteração se mostra diferente na prática, do que o previsto em estudos teóricos. Além disso, contou, o governo aguarda a conclusão de uma avaliação dos efeitos da mudança sobre os diversos setores da economia numa série histórica, antes de definir correções.