Notícias | 22 de setembro de 2005 | Fonte: segs.com.br

Garanta os lucros de Natal

Perdas no varejo representam 25% do faturamento no fim de ano, por isso combater

os prejuízos é essencial para não comprometer os resultados da loja

* Benedito Marques

Setembro de 2005 – O quarto trimestre é o mais esperado pelos varejistas. Por conta das vendas direcionadas às festividades de fim de ano, é nesse período que as empresas planejam e se estruturam para comportar o aumento no fluxo de clientes, o reabastecimento das lojas e, por conseqüência, o faturamento. Em muitos segmentos, o crescimento das vendas chega a superar os 30%.

No entanto, nem sempre o lucro acompanha essa linha ascendente. Há um fator complicador chamado perda, que além de reduzir os ganhos duramente obtidos, também contribui para reduzir a competitividade das empresas. Levando em consideração o crescimento do faturamento no período, as perdas podem atingir 25% do faturamento, percentual que praticamente anula os resultados obtidos no período.

Perda é definida como sendo “a não conversão de um recurso em lucro ou resultado, por falha de gestão ou controle”, podendo representar a diferença entre os resultados esperados e os obtidos, numa relação comparativa entre o ótimo e o praticado na operação, ou mesmo entre o lucro e o prejuízo. Por essa ótica, a perda é classificada em quatro grandes categorias: Oportunidade, Capital, Material e Tempo, que podem influenciar negativa e diretamente os seus resultados durante este período. Vejamos:

A Perda de Oportunidade representa um dos maiores prejuízos para as vendas de final de ano. Um exemplo claro são as longas filas nos caixas. A demora no registro das vendas provoca insatisfação nos clientes, que podem deixar de levar itens que inicialmente pretendiam levar ou até mesmo desistir da compra. Adequar a escala e o quadro de operadores de caixa ao ritmo das vendas nesse período pode ser uma das soluções para melhoria de atendimento nos caixas, aliviando filas e reduzindo o tempo de espera dos clientes.

Desperdícios de Material e de Capital decorrem do aumento do volume de compras, excesso de estoques, erros de dimensionamento, possível inadimplência e mau gerenciamento das contas a receber. O aumento no fluxo de clientes nas lojas pode exigir a contratação de serviços de terceiros ou temporários, podendo provocar um aumento no volume de quebras operacionais (perdas que ocorrem durante as operações), substancialmente maiores neste período do que nos demais. As tradicionais diferenças nos inventários, constatadas após a virada do ano, refletem o aumento dos índices de perdas, decorrentes da falha de gestão ou falta de controle operacional no período, deixando de potencializar o lucro que poderia advir do crescimento do faturamento.

Desperdícios de Tempo e Recursos acontecem devido ao aumento de colaboradores temporários, sem o necessário nível de capacitação adequado para a execução de suas tarefas e que, por falta de melhor gestão, ocasionam “retrabalho”, tempo ocioso, ciclo de atividades mal dimensionadas, etc.

Para evitar que essas perdas, atuando juntas ou em separado, prejudiquem a operação da loja e o faturamento ao final do período, torna-se essencial a adoção de um Plano Emergencial Contra Perdas. Mais do que combater os prejuízos, o objetivo é criar um plano de ação que vise prevenir e evitar as suas causas, focando, sobretudo a avaliação/correção das operações e o treinamento dos colaboradores.

Atualmente existem programas específicos de combate às perdas direcionados ao varejo que visam, acima de tudo, garantir melhor lucratividade dessas empresas no Natal, assegurando que o aumento do faturamento e os lucros não sejam tolhidos pelas perdas ocasiodas pelas deficiências na operação.

Depois de prejuízos seguidos, uma grande rede de magazines do nordeste cujo faturamento cresce mais de 40% nas festas de final de ano, decidiu adotar um plano especial contra perdas no período. O foco do trabalho foram as áreas com maior risco de quebras operacionais e furtos: compras, recebimento, armazenamento, movimentação e distribuição, exposição, precificação e localização dos produtos na área de vendas. Ao mesmo tempo, buscou-se também maior treinamento e capacitação dos funcionários (temporários e efetivos), assim como a potencialização dos sistemas eletrônicos de segurança (Vigilância Eletrônica de Mercadorias e Circuito Fechado de TV).

Com essas medidas, a rede conseguiu reduzir o índice de perdas em 35%. Pela primeira vez em alguns anos, a empresa conseguiu comemorar os resultados dos seus esforços, em que o lucro foi proporcional às vendas.

*Benedito Marques é gerente de Relações com Mercado da Preventis Consulting ? Loss Prevetion

Sobre a Preventis Consulting ? Loss Prevention Services

Consultoria empresarial especializada em prevenção de perdas e riscos operacionais, a Preventis Consulting – Loss Prevention Services, dentro de uma visão corporativa, identifica as principais vulnerabilidades e riscos inerentes ao negócio, implementando soluções de melhorias em diferentes áreas da empresa, como logística, estoques, inventários e processos administrativos.

Com equipes e projetos em todo território nacional, a Preventis atua em vários segmentos: varejo (supermercados, magazines, lojas de conveniência, drogarias e construção), atacado, indústria (alimentos) e serviços (hospitais e setor educacional).

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