Notícias | 16 de novembro de 2005 | Fonte: Monitor Mercantil

Ganhos em bolsa garantem rentabilidade dos fundos de pensão

2005-11-14
p.6: Financeiro Imagem

Investimentos de renda variável, de maior risco e voláteis como a bolsa são vistos com cautela por investidores tradicionais. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no terceiro trimestre do ano rendeu de forma espetacular, ou seja, superou todas as expectativas. Com isso, viabilizou o cumprimento , com folga, das metas atuariais, no seguimento.

Esse cenário foi o que constatados pelas consultorias Towers Perrin (RH) e Net-Quant (análise de risco), que acabaram de realizar estudo com 40 fundos de pensão – cerca de um terço dos fundos fechados privados estabelecidos no país – e 100 carteiras. Segundo o Presidente da NetQuant, Marcelo Nazareth, “a menos que haja um enorme desastre no mercado financeiro as metas atuariais de 2005 serão cumpridas com grande folga”.

De acordo com as consultorias há que se destacar, que em um ambiente de inflação sob controle, taxas de juros reais elevadas e bolsas em alta fica fácil superar as metas. As fundações, entretanto, não devem descuidar de seus investimentos. O resultado surpreendente das bolsas é atípico no mercado brasileiro.

Superando índices

No segmento de renda variável todos os gestores superaram o IBRX acumulado no ano. Apenas um não superou o índice Ibovespa. Das entidades participantes, apenas três não superaram o IBRX e uma não superou o Ibovespa.

Péssimo desempenho

Com relação à renda fixa, que corresponde a 85% dos recursos investidos das instituições participantes, o que se constatou foi o péssimo desempenho dos títulos atrelados ao IGPM e ao IPCA durante o período (último trimestre). O IGPM teve rentabilidade 30% abaixo do CDI (certificado de depósito interbancário), que não foi superado por nenhum outro índice. O que se verificou foi que apenas o Itaú e o Votorantim (gestores) superaram o CDI. As entidades que superaram o CDI também foram duas.

Títulos pré-fixados

Outra constatação do estudo é a tendência dos investidores de alocarem mais títulos pré-fixados. Com taxas de juros em queda, os títulos pós-fixados tendem a render menos. Para o consultor da Towers Perrin, Luiz Mário Farias “os gestores estão claramente apostando em uma queda de juros mais agressiva.”

Em 2005, foi constatado que tanto a renda fixa quanto a variável obtiveram boas performances com rendimentos de 13.48% e 28.41% respectivamente e vão assegurar o cumprimento das metas atuariais no ano. Final de janeiro de 2006 a Towers Perrin e NetQuant vão apresentar a avaliação de investimentos de 2005 para os fundos de pensão com análise e perspectivas para 2006.

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