Notícias | 24 de setembro de 2014 | Fonte: Sincor-SP

Furto e roubo de veículos : Vilões do Preço

O furto representa 50% do custo do seguroO Estado de São Paulo iniciou o ano com alta nos índices de roubo e furto de veículos. Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, no primeiro trimestre de 2014 foram registradas 58.431 ocorrências, que representam aumento de 15% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram computados 50.687 casos. Os indicativos colaboraram para que o furto e o roubo de veículos se tornassem os principais vilões do preço do Seguro de Automóvel em 2014.

O medo de fazer parte dessas estatísticas tem levado consumidores a procurar proteção para seu patrimônio. Em entrevista ao Jornal dos Corretores de Seguros (JCS), três corretoras de seguros declararam aumento na carteira de clientes do ramo de Automóvel, que chegou a uma variação média de 19%. “O mercado de Seguro de Auto no Brasil vem crescendo muito nesses últimos anos e a cultura do consumidor está mudando, mesmo que lentamente, quando comparado com os mercados europeu e americano”, opina Thiago Stoppa da Rocha, da Évora Corretora de Seguros.

Entretanto, o impacto da sinistralidade do ramo no preço dos produtos gera sentimento de decepção no segurado, que exige do corretor de seguros uma explicação das variáveis. “Os questionamentos são contínuos e o único argumento que nos resta para minimizar a ira dos nossos clientes é o crescente volume de roubos e furtos na região”, comenta Roberto José Korsakas, da RJ Korsakas Corretora de Seguros. Segundo ele, além do custo do seguro, outros serviços têm aborrecido o consumidor, como problemas com a assistência 24h e o valor das franquias, cujo crescimento onera o custo dos seguros.

Já para Marcos Antônio Cheganças, da Potência Corretora Seguros, outras situações têm atrapalhado a comercialização do Seguro de Auto, como a falta de produtos para a parcela da população que possui carros mais velhos e a pouca divulgação das vantagens e benefícios que o seguro oferece, além da estratégia de algumas companhias que, para conquistar fatias de mercado, ofertam produtos abaixo do valor real e, em contrapartida, entregam serviços de péssima qualidade.

A fim de valorizar o lado positivo do produto, Cheganças destaca as vantagens para o consumidor. Os serviços que podem ser evidenciados são: socorro mecânico para reparo do veículo no local, guincho para reboque até a oficina, auxílio em caso de falta de combustível, chaveiro, troca de pneus, entre outros.

“O cliente ainda pode ter o valor pago do seguro restituído com os pontos adquiridos em seu cartão de crédito e até a devolução do dinheiro através da utilização de uma série de serviços oferecidos pelas companhias que não estão relacionados diretamente com o veículo. Ao final de 12 meses, esses benefícios gratuitos somam valores consideráveis”, avalia Cheganças.

Corretor pode ajudar

Pela falta de orientação, muitos segurados não sabem como se prevenir contra roubos e furtos, e o corretor de seguros pode ajudar nesse processo. Colaborando para isso, a Escola Nacional de Seguros divulgou dicas que garantem mais segurança para o consumidor (veja algumas delas ao lado).Captura de Tela 2014-09-25 às 08.18.00

As orientações são importantes para que o segurado não deixe objetos expostos no interior do veículo, como equipamentos eletrônicos e bolsas, evite paradas em locais desconhecidos e ande sempre com os vidros fechados e as portas travadas.

Korsakas revela que já opera dessa maneira com seus clientes. “Prestamos apoio de acordo com o perfil de cada segurado com relação aos cuidados que devem tomar como: não deixar o veículo na rua e tampouco colocar os documentos do carro no porta-luvas ou no quebra-sol. Para as mulheres, alertamos que a bolsa fique sob o banco do motorista e nunca no assento do passageiro, pois é onde o ladrão vai procurá-la no caso de arrastão em congestionamentos”, indica.

Parcela do governo

Recentemente, foi sancionada a Lei Nº 12.977 que regula e disciplina a atividade de desmonte de peças de veículos automotores terrestres no Brasil. A expectativa é de que haja redução nos índices de sinistralidade, já que a nova norma vai dificultar o repasse das peças dos automóveis.

De autoria do deputado federal e presidente licenciado da Fenacor, Armando Vergílio, a lei prevê multas de R$ 2 mil a R$ 8 mil para estabelecimentos que não cumprirem as regras e define a implementação de um banco de dados para registro de todas as peças retiradas dos automóveis em processo de desmonte, com informações de destino final da peça, identificando ainda se será restituída ou usada para sucata.

Para o diretor executivo de Produtos Massificados da Tokio Marine, Marcelo Goldman, a segurança pública é essencial no combate ao roubo e furto de automóveis. “Existem agora algumas ações governamentais importantes, como essa nova lei de desmonte. Temos confiança de que as iniciativas minimizem os índices”, comenta.

Outra ação, lembrada pelo diretor de Automóveis da SulAmérica, Eduardo Dal Ri, foi o projeto divulgado pelo secretário da Segurança, Fernando Grella, que visa criar bônus para as delegacias que tiverem seus índices de criminalidade regionais reduzidos. “Temos observado o empenho do governo em mudar a situação negativa de São Paulo e essas atitudes são importantes para o mercado de seguros”, finaliza o diretor.

 

 

Um comentário

  1. SAVOY CORRETORA DE SEGUROS LTDA

    25 de setembro de 2014 às 10:04

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