Durante o Campo em Debate, promovido no sábado na Casa RBS na Expointer, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, adiantou alguns detalhes do plano que está sendo costurado pelo governo federal, por seguradoras e por entidades do setor
A criação de um fundo privado para financiar o seguro-agrícola no Brasil poderá solucionar um dos principais desafios da agricultura brasileira, a garantia de renda da produção. Durante o Campo em Debate, promovido no sábado na Casa RBS na Expointer, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, adiantou alguns detalhes do plano que está sendo costurado pelo governo federal, por seguradoras e por entidades do setor. A necessidade de um seguro rural eficiente foi uma das principais indagações dos representantes do agronegócio que participaram do evento, promovido por Zero Hora e Federasul.
Pelas explicações de Maggi, o plano tem potencial para livrar os produtores dos recorrentes contingenciamentos que prejudicam o programa nacional de subvenção aos prêmios das apólices contratadas por agricultores e pecuaristas.
Os recursos necessários seriam alimentados sobretudo por contribuições de tradings, fabricantes e revendedores de insumos, transportadoras e agentes que financiam atividades agropecuárias.
— A ideia é que a iniciativa privada possa colocar recursos, incluindo os produtores. Tudo é incipiente ainda, mas estamos avançando — garantiu.
Segundo Maggi, se a ideia prosperar, o seguro- agrícola financiado por um fundo contemplará tanto os financiamentos da produção como a renda dos agricultores — assim como ocorre nos Estados Unidos.
— Estamos aguardando esse estudo para saber ao certo como o seguro poderá funcionar — resumiu o ministro, acrescentando que o governo continuará subsidiando parte das apólices.
Em quase uma hora e meia de debate, o ministro foi questionado também sobre política de crédito para aquisição de máquinas, abastecimento de milho para indústrias de aves e suínos, abertura de novos mercados para carne bovina e formas de equilibrar a balança comercial dos lácteos.