Notícias | 12 de janeiro de 2006 | Fonte: Fonte: O Estado de S.Paulo

Fundo de pensão admite rombo de R$ 36 mi

irigentes de 13 dos principais e mais ricos fundos de pensão do País reuniram-se
ontem em São Paulo para protestar contra a CPI dos Correios, a quem atribuem
vazamento de “informações levianas”. Eles afirmam que suas atividades são
transparentes, rejeitam o rótulo caixa-preta e alegam que ?nenhum ente da sociedade
é tão fiscalizado quanto os fundos?.

Mas um deles, Elias, presidente do Núcleos Instituto de Seguridade Social, quebrou a
harmonia do discurso ensaiado, admitiu rombo de R$ 36,8 milhões e atirou a
responsabilidade por operações ruinosas a quatro ex-diretores do fundo.

O Núcleos possui patrimônio de R$ 528,9 milhões e carteira de 2,4 mil participantes.
Marcos Elias assumiu a presidência do fundo em agosto. “Identificamos equívocos?,
ele disse, referindo-se ao período de agosto de 2003 a julho de 2005. ?Contratamos
auditoria que descobriu a perda, resultado da dilapidação do nosso patrimônio.”

PREJUÍZO

Elias declarou que a investigação interna não tem relação com os trabalhos da CPI
dos Correios ou qualquer outra. A auditoria rastreou operações para aquisição de
títulos públicos acima do valor de mercado, gerando prejuízo para o fundo estimado
em R$ 22,7 milhões. Tais operações provocaram autuações da Secretaria de Previdência
Complementar.

Foram autuados Paulo Roberto Figueiredo, ex-presidente do fundo e da Eletronuclear;
Gildásio Amado Filho, ex-diretor financeiro do fundo; e Abel de Almeida, ex-diretor
de benefícios. Figueiredo é ligado ao PC do B e Gildásio, ao PT – ele negou amizade
com o ex-secretário de comunicação do PT Marcelo Sereno. Disse ter conversado com
Sereno duas vezes, em reuniões sociais, e só vai se manifestar sobre as acusações
quando notificado. Figueiredo e Almeida não foram localizados.

Sobre as denúncias de irregularidades nos fundos 14 deles teriam dado prejuízo de
R$ 784,1 milhões – , o presidente da Associação Brasileira de Entidades de
Previdência Complementar, Fernando Pimentel, foi enfático: “Não usamos de
subterfúgios, posso garantir que 98% não têm problemas.”

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