Dupla usava conhecimentos técnicos para ‘legalizar’ carros roubados; eles foram soltos em audiência de custódia sem pagar fiança
Cédulas originais de documentos de veículos eram fraudadas pela dupla
Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (Depatri) prenderam dois suspeitos em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, por receptação de veículos roubados e adulteração de sinais identificadores na madrugada da última quinta-feira (19). Os autuados eram vistoriadores profissionais de seguradoras de veículos e utilizavam o conhecimento técnico para ‘legalizar’ carros roubados.
A polícia encontrou doze veículos roubados – oito carros e quatro motos – em um galpão utilizado por Arthur da Silva Ferreira, 25 anos, e Ricardo Emanuel Almeida de Freitas Jr., 41, para clonagem e adulteração dos sinais identificadores. Além disso, foram encontrados pedaços de peças veiculares roubadas, objetos para falsificação, CRLV em branco, lacres de segurança e documentos veiculares falsificados. Os veículos apreendidos serão restituídos aos verdadeiros donos no decorrer da semana, segundo a Polícia Civil.
Os suspeitos foram soltos após a audiência de custódia, que aconteceu na sexta-feira passada (20), e vão responder em liberdade pelos crimes cometidos. Eles eram réus primários e não pagaram fiança após a audiência.
Os dois fazem parte de um esquema de roubo e.vendas de carros roubados. Eles recebiam os veículos roubados no galpão localizado no Jardim Jordão, em Jaboatão – tinha como fachada uma revendedora de água mineral -, e faziam as adulterações. Segundo a polícia, eles não participavam nem do roubo nem da venda dos veículos, exclusivamente da parte de adulteração.
A polícia alerta as pessoas sobre a compra de veículos de terceiros. “O consumidor deve tomar os cuidados necessários. Antes de efetuar o pagamento final, deve ser feita uma vistoria, ou por um vistoriador de sua confiança ou pelos vistoriadores do Detran ou pelos vistoriadores da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. É um serviço social e o consumidor final tem direito a usar esse serviço”, afirmou o delegado Paulo Berenguer.