Notícias | 11 de maio de 2004 | Fonte: Seguros em Dia

Função social do seguro e falta de investimentos na mídia

O presidente da Bradesco Seguros, Luiz Carlos Trabuco Cappi, acredita que o seguro não deve ser visto apenas pela ótica econômica. “A atividade é geradora de empregos, pagadora de impostos e fonte de poupança”, afirmou durante encontro promovido pela APTS, Associação Paulista dos Técnicos de Seguros, em São Paulo. Segundo ele, o seguro é a principal rede proteção social que funciona em complemento ao Estado.

Já o presidente da Itaú Seguros, Luiz de Campos Salles, admitiu, no mesmo encontro, que o seguro não tem acompanhado o crescimento do PIB no Brasil. Na avaliação dele, um dos fatores limitadores do crescimento é que “falta cultura de seguro ao povo brasileiro”.

O presidente da Itaú entende que criar essa cultura por meio de investimentos em divulgação estaria além das possibilidades do mercado. Para provar essa tese, ele comparou os valores investidos na mídia pelo setor, cerca de R$ 115 milhões, com o montante desembolsado por alguns grupos de outros segmentos econômicos. As Casas Bahia, por exemplo, investem cerca de R$ 764 milhões por ano em divulgação na mídia: “sei que é inviável, pois precisaríamos investir bem mais que as Casas Bahia”, reconhece Campos Salles.

Já o diretor da Unibanco AIG Seguros, Cristóvão Angione, considera que a comunicação no mercado de seguros é “pobre”, porque “não sabemos decifrar o seguro para o cliente”. No caso da Unibanco, conforme ele, algumas ações têm buscado reverter essa situação. Ele contou que depois da venda do seguro, a companhia sempre faz um contato com o cliente para saber se ele entendeu ou têm dúvidas a respeito do produto. “Nosso objetivo é aumentar a qualidade do processo de venda”, assinalou.

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