Os seguradores estão preocupados com o aumento crescente das fraudes no setor. Segundo levantamento feito pela Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), envolvendo sinistros em três ramos pesquisados (automóvel, vida e Dpvat), as fraudes geraram prejuízos de R$ 1,4 bilhão, no período que se estende de 2001 ao primeiro trimestre de 2004, representando 9% do total de sinistros nas carteiras pesquisadas.
Contudo, parece que nem todo o mercado está ciente da gravidade do problema, pois, naquela coleta de dados, apenas 24 seguradoras enviaram informações para a federação: “o mercado precisa mostrar à sociedade que fraudar é crime e que há um trabalho de prevenção e combate em andamento desde 2003”, alerta o presidente da Comissão de Previdência Privada e Vida da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg), Renato Russo.
Segundo ele, é fundamental que todo o trabalho de combate à fraude esteja apoiado em um banco de dados e no cruzamento de informações entre as empresas, de forma técnica, para que todos possam acompanhar de perto o que está acontecendo no mercado.
Já o presidente da Comissão de Assuntos Jurídicos da federação, Ricardo Bechara Santos, afirma que a fraude contra o seguro já se incorporou ao dia-a-dia da sociedade e que, no seguro de pessoas, “a proporção é grande”, com inúmeros casos de auto-mutilação e até mesmo de pessoas que executam outras para receber o seguro.