Notícias | 21 de setembro de 2020 | Fonte: CQCS

Fim da fiscalização da Susep será endosso à nova gestão do IRB

O site Valor Econômico informa que Antônio Cássio dos Santos, presidente do IRB e do conselho de administração do ressegurador, afirmou que, no momento em que a Susep suspender a fiscalização especial por conta de desenquadramento regulatório, a atual administração estará sendo endossada e o ajuste na empresa será concluído.

“Essa situação da insuficiência de provisões regulatórias estará equacionada este ano. E diria que o prazo é mais para setembro do que para dezembro.” Ele explica que precisou acumular os dois cargos para viabilizar a intervenção que foi necessária ao IRB. O presidente também afirmou que logo que chegou à empresa foi identificado um desenquadramento regulatório e traçado um plano para saná-lo. No entanto, a manipulação contábil que exigiu a auditoria forense deu outra dimensão ao problema.

O IRB chegou a falar, em fevereiro, que o desenquadramento era de R$ 300 milhões. Quando divulgou o resultado do primeiro trimestre, o número saltou para R$ 2,1 bilhões. Em 30 de junho, estava em R$ 3,4 bilhões.

Por essa razão, em maio, a Susep instalou uma fiscalização especial na companhia e direcionou mais fiscais para acompanhar o IRB e isso aumentou a sua capacidade de questionamento.

Ao Valor, Antônio Cássio informou que no momento em que a Susep iniciou a fiscalização especial, medida que só havia sido tomada uma vez, na década de 70, os bancos se recusaram a fazer com o IRB as operações de swap. “Era natural naquela situação, em que ninguém sabia o que estava acontecendo”, afirma. Por essa razão, restou apenas a opção de chamar um aumento de capital, de R$ 2,3 bilhões, no limite autorizado pelo novo estatuto, e que contou com o apoio dos dois acionistas de referência, Itaú e Bradesco.

“O aumento de capital foi necessário para que o IRB não tivesse um problema de solvência e, ao mesmo tempo, ajudou no enquadramento regulatório. Mas o aspecto principal foi o de deixar a empresa à prova de bala do ponto de vista de solidez”, afirmou Santos, afirmando que o desenquadramento não é um problema de caixa, mas poderia vir a ser um se a empresa tivesse um problema de solvência.

Depois de trocar o corpo executivo e o conselho, reformar todo o estatuto e a governança, Santos destaca que o IRB tem grande vantagem competitiva no Brasil. “A empresa tem um corpo técnico qualificado, baixo custo operacional e custo comercial equilibrado. Pelos 83 anos de vida, tem uma base de dados na indústria que é uma vantagem estratégica, pois permite precificar muito melhor os riscos”, diz.

Num primeiro momento, contou Santos ao Valor, a dedicação maior foi para manter a companhia viva. Agora o trabalho é mostrar que a empresa vai recuperando resultado. O IRB está revisando seu negócio e desativando aqueles que não se mostraram rentáveis, muitos no exterior. “Estamos dando todo o disclosure sobre a recorrência dos negócios e aqueles cancelados,

 “Agora o IRB segue o mesmo caminho de toda empresa, difícil na situação atual, que é o de ter êxito em seu mercado”, concluiu.

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