O combate ao crime organizado foi tema da segunda palestra do último dia da 3º Conseguro, evento que teve início no dia 8 e terminou ontem, em São Paulo. O Secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa, falou sobre os resultados da política nacional de combate ao crime organizado no País.
O secretário fez um balanço do Projeto Fronteiras, no qual a Fenaseg já investiu R$ 4 milhões do final de 2002 até 2005 e aportará outros R$ 3,5 milhões em 2006, totalizando R$ 7,5 milhões, segundo informou Horácio Catapreta, diretor da Fenaseg responsável pelo projeto, que é um dos instrumentos da Secretaria no combate aos criminosos.
O objetivo do programa é reduzir a sinistralidade da carteira de automóvel, a maior do setor. Hoje, 47% do valor do seguro refere-se ao roubo. “A meta é ter um índice próximo 37%”, disse Catapreta. O Projeto Fronteira monitora os veículos roubados que são levados para fora do País. Hoje há cerca de 20 câmeras de vigilância instaladas em pontos críticos de passagem dos criminosos.
O sistema é interligado a um banco de dados para rastreamento de veículos roubados, que facilita o trabalho da Polícia Rodoviária Federal. Segundo Catapreta, o investimento da Fenaseg será aplicado no aumento dos postos de vigilância. A meta é passar dos atuais sete postos para 50. “Se conseguirmos chegar a 20 em 2006, já estaremos satisfeitos”, disse.
Segundo dados da Fenaseg, com o início da parceria, o número de carros identificados saltou de 1.425 do final de 2004 para 4.701 casos (último dado de outubro de 2005). “Esses números se referem a carros segurados. Se considerarmos os carros sem seguro, esse número triplica”, acrescentou.
Os veículos suspeitos de fraudes saltaram de 251 para 1.002 no mesmo período. A retenção de veículos roubados com o auxílio do sistema também cresceu. Hoje, cerca de 100 automóveis roubados são retidos por mês pela Polícia Rodoviária Federal com ajuda da tecnologia.